quarta-feira, 20 de maio de 2020

A condenação de Cristo

A condenação de Cristo

Jesus foi um revolucionário: foi acusado, processado e executado como um, devido sua pregação radical. Foi condenado por Pôncio Pilatos à crucificação – a forma mais terrível de pena capital da época. 

Para os poderosos da época, ele passou a significar uma ameaça a ordem social. Jesus moveu multidões, deixou inúmeras mensagens de sabedoria e amor ao próximo.

Os juízes aplicadores do direito compunham o Sinédrio. Jerusalém era domínio do Império Romano. O poder jurídico era celebrado ao Governador por transmissão do Imperador. Na época de Jesus, o Governador era Pôncio Pilatos. Jesus passou por dois julgamentos: um religioso, perante o Sinédrio, e outro politico, frente a Pôncio Pilatos e Roma. As acusações religiosas no Direito Hebraico eram: blasfêmia, profanar no sábado e ser um falso profeta. Porém, estas de nada valiam perante Roma, visto que não violavam o direito romano.

Ao levar Jesus para seu segundo julgamento, eram preciso novas acusações. Acusações políticas: sedição, declarar-se rei e incitar o povo a não pagar impostos à César. 
Na noite de seu julgamento, todo conhecimento que os juízes do direito possuíam sobre legalidades fora desprezado em face da vingança contra Jesus. Ele foi preso sem culpa, acusado sem indícios, julgado sem testemunhas legais e condenado a uma pena errada ao crime que era acusado. A ira dos poderosos crucificou Jesus. Jesus era inocente. 

A mais calamitosa acusação contra Jesus, incitar o povo contra o Império consistia no crime de perduellio, delito contra a segurança do Estado ou a ordem pública e estava preconizado na Lei das XII Tábuas.

Sedição foi outro motivo da condenação de Jesus. Trata-se de Crime contra a segurança do Estado, sublevação, ato de rebelião, conspiração contra o Imperador, era um crime punido com morte. Jesus foi acusado de ter iniciado seu “levante” pela Galileia até chegar em Jerusalém. O Evangelho de Lucas (23:5) relata a acusação do grupo de judeus que o prendeu perante Pilatos: “[...] - Ele está causando desordem entre o povo em toda Judeia. 

A crucificação era pena para crimes atrozes, como homicídio, roubo grave, traição e rebelião. Jesus foi condenado por ser subversivo ao governo.

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