O Brasil está atravessando uma crise institucional e as consequências estão sendo gravíssimas; as instituições tropeçam e começam a não funcionar.
Nestas condições nenhum país consegue se reestrurar sem uma ampla "concertação" de âmbito nacional e geral.
Uma "concertação" só se torna possível quando o alto grau de percepção nacional leva a conscientização da proximidade do caos.
Ao se chegar a essa constatação, outro caminho não há que não seja a convergência dos opostos para que pactuem planos e metas para se sair do atoleiro (confusão institucional que travam as ações públicas e congelam a iniciativa privada).
Não se pode formar um pacto a partir de uma visão dualista-maniqueísta, num confronto moral (e mortal) entre o bem e o mal, como a mídia tanto inflou no pensamento da classe média brasileira nos últimos dez anos.
Para que haja convergência de opostos é indispensável que se preservem as condições de equilíbrio entre as partes, um campo minimamente civilizado entre as diferentes forças e respeito aos princípios mínimos de civilidade.
Isso só é possível com a garantia total do direito dos oponentes, e não com a suspensão de direitos de quem quer que seja, como ocorreu no final do período militar com a anistia e em alguns países da América do Sul para sair de suas graves crises (Concertação).
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