sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Os sete princípios do ser humano

Segundo a Sabedoria Antiga como por exemplo, a Teosofia, o ser humano apesar de possuir uma constituição setenária, durante o atual ciclo de sua evolução, só pode ser manifestar em cinco dentre os sete planos da Natureza. Os dois pesos superiores -  o sexto e o sétimo - exceto nos casos mais excepcionais, não serão atingidos por homens desta humanidade.

O primeiro dos sete princípios é o corpo físico, constituído de moléculas materiais conforme a ciência reconhece atualmente. A ciência também reconhece a existência de cinco órgãos sensoriais - os cinco sentidos - os órgãos da locomoção, o cérebro e o sistema nervoso, o aparato para desempenhar as várias funções necessárias para a continuidade de sua existência na Terra. Devemos relembrar aqui que, para os adeptos dis conhecimentos antigos, cada partícula, a substância denominada orgânica ou inorgânica, é uma vida em evolução.

As células, as moléculas e os átomos possuem consciência. As ações das células que extraem do sangue o que precisam, rejeitando o que não precisam, sem a ajuda da nossa consciência, é um exemplo de sua consciência própria.

A morte do corpo físico ocorre quando a retirada energia vital controladora deixa os microelementos que o constituem seguen seu próprio rumo, e as mutias vidas, já não mais coordenadas, separam - se e fragmentam as partículas das células. O corpo se torna então um torvelinho de vidas sem controle, sem uma coordenação central, e sua forma, que era o resultado da correlação entre elas, é destruída pela exuberante energia de suas vidas individuais. A morte é, portanto, somente mais um dos aspectos da vida, e a destruição de uma forma material é apenas um prelúdio para a construção de outra.

O segundo dos sete princípios é o "duplo etéreo" - ou o corpo etérico - formado de matéria mais rarefeita ou mais sutil do que aquela perceptível pelos nossos cinco sentidos, mas ainda é matéria pertencendo ao plano físico. É o estado da matéria que está logo depois do nosso sólido, líquido e gasoso, que formam os estados densos do plano físico.

O "duplo etéreo" é uma duplicata exata do nosso corpo físico ao qual pertence, e é separável dele, embora incapaz de ir muito longe. Em seres humanos normalmente saudáveis a separação é difícil, mas em poesias conhecidas como médiuns, ou materializados, o duplo etéreo desliza para fora dos seus corpos densos sem grande esforço. Quando separado do corpo denso, ele se torna visível e se mostra unido a ele por um fio delgado.

O duplo etéreo desempenha um papel importante nos fenômenos paranormais. Uma pessoa treinada pode vê - lo fora do corpo físico de um médium e, nessas condições, o duplolo etéreo é conhecido como um "espírito materializado". Ele é facilmente moldado em várias formas, texturas e cores pelas correntes de pensamento do médium ou dos presentes, ganhando força e vitalidade à medida que o médium mergulha em transe mais profundo. Por meio da ação do duplo etéreo, objetos podem ser movimentos sem quer haja contato físico.

O terceiro princípio do ser humano não é propriamente um novo corpo. É o "prana", o alento da vida, uma porção de energia capturada da Energia Universal que permeia os corpos. Devemos lembrar aqui que, para os adeptos da Sabedoria Antiga, tudo no Universo é vida em manifestação e cada organismo, minúsculo como un átomo ou vasto como um Universo, se apropria de uma porção dessas via Universal.

Imaginemos um lado onde mergulhamos uma esponja que se expande absorvendo a água. Parte do lado está dentro da esponja e, ao mesmo tempo, em contato com a água do lago. Podemos distinguir a água que está dentro da esponja, mas, ao mesmo tempo, ela faz parte do todo. E assim é também para os organismos do Universo. Cada um deles se comporta como uma esponja banhando - se no oceano da vida Universal e contendo dentro de si um pouco daquele oceano que é utilizado como seu próprio alento vital.

O quarto princípio do ser humano é aquilo que é conhecido como alma animal ou corpo de desejo. Pertence - em constituição - a um plano superior de matéria, o plano astral e nele atua. Inclui todo o corpo de apetites, paixões, emoções e desejos que se juntam, en nos classificação psicológica ocidental, sob o nome de instintos, sensações, sentimentos e emoções.

Nele se manifestam todas as nossas necessidades animais, como o desejo de saciar a fome, a sede, o desejo sexual e todas as nossas paixões, como o amor - em seu sentido inferior - , o ódio, a inveja, o ciúme. Nele estão os desejos por experiência de alegrias - a luxúria da carne, a luxúria dos olhos, o orgulho da vida. E, segundo os conhecimentos antigos, ele é, apesar ser constituído de uma matéria mais sutil, o mais material dos princípios, o único que nos ata pesadamente à vida terrena.

Esse princípio unido à parte inferior da mente se torna a inteligência cerebral humana normal e, unido ao "prana", é ob princípio vital que proporciona a capacidade de sofrer ou de sentir prazer difundidas em cada partícula do corpo. Esse princípio é, portanto, a sede da sensação, é ele que possibilita o funcionamento dos órgãos da sensação.

Os centros de sensação estão localizados no quarto princípio e formam uma ponte entre os órgãos físicos e as percepções mentais. Nesse processo, as impressões do Universo físico, colocando em vibração as células constituintes dos órgão de sensação, dos nossos sentidos. Essas vibrações, por sua vez, colocam movimento as moléculas materiais mais rarefeitas do duplo etéreo, nos órgãos sensoriais correspondentes de sua matéria mais fina. E, finalmente, as vibrações passam para o corpo astral, ou quarto princípio, no qual estão os centros de sensação correspondentes. Essas sensações propagadas para uma matéria mais rarefeita do plano mental inferior do qual são refletidos de volta até chegarem às moléculas materiais das hemisférios cerebrais e se tornam nossa "consciência cerebral". Segundo os conhecimentos antigos, essa sucessão interrelacionada e inconsciente é necessária para a atuação normal da consciência como a conhecemos.

A ampliação da consciência só pode ser alcançada, não por uma maior quantidade de conhecimento cobiçada na nossa memória cerebral, mas por conhecimentos incorporados nas etapas citadas nas quais  "sentir um conhecimento"  se torna fundamental.

O quarto princípio do ser humano,  o seu corpo astral, possui a forma de uma massa nevoenta durante os primeiros estágios da evolução. En um ser humano de desenvolvimento intelectual mediano, ele se torna mais altamente organizado e se assemelha a suas características físicas.

O quinto princípio, o corpo mental do ser humano, nesse ciclo evolutivo, é o mais importante por ser o constituinte permanente. Os quatro princípios anteriores são apenas roupagens que o ser humano real veste para poder manifestar -se nesses meios e que, posteriormente são descartados.

Ele é uma mente individualizada, o Eu Verdadeiro, uma entidade pensante aprisionada em um invólucro de carne e ossos. Uma entidade espiritual constituída de uma matéria mental superior que - associada com o quarto princípio - anima o agregado da matéria da nossa dimensão física que nada mais é do que o instrumento para a sua manifestação.

O propósito da vida do ator é evoluir, pois reconhece que a evolução é meta Universal, e esse nem sempre é o objetivo da personalidade. Por isso é essencial que a personalidade com a qual estamos nos identificando se conscientize do que ele realmente é e com isso passe a tirar o máximo das condições que o Universo colocou à nossa disposição. Agindo assim, ela estará desenvolvendo a sua consciência até que seja una com a Consciência Cósmica, da qual hoje e uma pesquena parte.

Trecho extraído do livro "Princípios Herméticos comSciência", de José Pedro Andreeta e Maria de Lourdes Andreeta

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