Em meio a
críticas e previsões da oposição e da imprensa de que o País está à beira de um
racionamento, por falta de energia, uma revolução silenciosa acontece em
estados como Rio Grande do Norte, Bahia, Ceará, Rio Grande do Sul e Piauí; é o
avanço da energia eólica, que traz junto com ela uma forte geração de empregos,
aumento da arrecadação e capacidade eólica instalada de cerca de 15 GW até
2018, mais que Itaipu ou Belo Monte; essa fonte abastece hoje cerca de 12
milhões de pessoas – o equivalente à cidade de São Paulo; até o final
desse ano, o Brasil estará entre os dez maiores geradores de energia eólica no
mundo; dados, pouco ou nada divulgados na mídia, descartam especulação sobre
racionamento
As
previsões de racionamento de energia no Brasil, intensificadas na mídia
recentemente devido ao apagão ocorrido em dez estados e no Distrito Federal na
semana passada, vêm acompanhadas, desde 2012, do argumento de falta de chuvas
no Sudeste. Ignoram, porém, dados importantes sobre uma verdadeira revolução
silenciosa que vem acontecendo, há vários anos, nas regiões Sul e Nordeste do
País.
A
evolução da energia eólica, produzida em maior parte nos estados do Rio Grande
do Norte, Bahia, Ceará, Rio Grande do Sul e Piauí, traz números
impressionantes, capazes de descartar especulações sobre racionamento por falta
de energia no Brasil. O ano de 2014 foi concluído com cerca de 5 GW instalados
no País, que chegará em 2018 com, no mínimo, 15 GW já oficialmente autorizados,
mais que as usinas de Itaipu ou Belo Monte.
Existem
ainda novas usinas eólicas sendo frequentemente liberadas para operação
comercial em dezenas de municípios, como mostra o site Energia Mapeada, que compila dados oficiais da
Aneel sobre energia limpa. "Até o fim de 2015, o Brasil já estará entre os
dez maiores geradores de energia eólica no mundo", afirma o engenheiro
eletricista Alarico Neves Filho, responsável pela página.
Atualmente
dependente das chuvas para gerar 70% da energia elétrica, o Brasil tem
potencial eólico capaz de abastecer quase três vezes a sua demanda, segundo
estimativas mais recentes do setor. Além de ser hoje a fonte de expansão mais
barata, a energia produzida através da força dos ventos é também a mais
ecologicamente correta.
Viabilidade
Pesquisada
há mais de 50 anos, a energia eólica economicamente viável tem pouco mais de 20
anos. Os países precursores dessa tecnologia ficam na Europa: Dinamarca e
Alemanha. Recente no Brasil, ela vem contribuindo significativamente para o
desenvolvimento do País, abastecendo hoje cerca de quatro milhões de casas, ou
12 milhões de pessoas – o equivalente à cidade de São Paulo – segundo dados da
Associação Brasileira de Energia Eólica.
Presente
no Senado em um debate sobre o assunto, a presidente da entidade, Élbia Melo,
defendeu que o Brasil precisa superar uma "visão turva" sobre essa
fonte de energia, que a coloca em desconfiança sob o argumento de que esse
recurso seria "sazonal e intermitente". Ela destacou que toda fonte
que vem da natureza é, por definição, sazonal e intermitente, mas que é
possível conter riscos no caso da eólica por meio do aumento da quantidade de
geradores montados.
Foram
contratados desde 2009, a partir do primeiro leilão competitivo com
participação eólica, mais de 12 GW de capacidade eólica instalada, o que
representa cerca de 10% de toda a matriz energética brasileira, incluindo as
fontes nuclear, hidrelétrica, carvão, biomassa e outras. A energia eólica hoje
instalada representa cerca de 4% do total de energia para o sistema e deve
crescer fortemente nos próximos anos, podendo chegar a 10% em 2018.
http://www.brasil247.com/pt/247/economia/167372/Energia-e%C3%B3lica-Brasil-vive-revolu%C3%A7%C3%A3o-silenciosa.htm
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