segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

Distopia da morte dos livros

Distopia da morte dos livros.
(Releitura)

O livro distópico “Fahrenheit 451”, escrito em 1953, apresenta um futuro onde os livros são proibidos. Este cenário distópico, onde o pensamento crítico é desencorajado, espelha de maneira alarmante aspectos do nosso mundo atual.

Estamos cada vez mais cercados por telas que, embora informativas e entretenedoras, muitas vezes nos afastam da reflexão profunda e séria. Não nos detemos para pensar, é tudo rápido.

A Sociedade e a Marginalização do Pensamento Crítico

A proibição dos livros em “Fahrenheit 451” não foi uma imposição autoritária, mas um reflexo do desejo da maioria. As pessoas escolheram entretenimentos rápidos e superficiais, marginalizando as profissões intelectuais e a reflexão crítica. O governo apenas transformou esse desejo em lei, democraticamente.

Esta mesma fórmula é encontrada  nos algoritmos dos TikToks, Instagrams e Googles mundo afora. São conteúdos rápidos e de fácil consumo que ofuscam discussões profundas e necessárias.

Como alguém profundamente envolvido com a inteligência artificial, reconheço o poder e o potencial desta tecnologia. No entanto, “Fahrenheit 451” me fez refletir sobre como os dados e as transmissões pessoais podem ser usados para moldar e até controlar comportamentos e pensamentos. 

A ficção científica, muitas vezes vista como uma exploração do futuro, é na verdade um reflexo do presente. Livros (distópicos) como “Fahrenheit 451” servem como críticas ao presente, alertando-nos sobre futuros distópicos possíveis baseados em nossas escolhas tecnológicas atuais.

Artigo original e completo:
https://exame.com/inteligencia-artificial/o-que-livros-como-fahrenheit-451-podem-ensinar-sobre-o-nosso-futuro/amp/

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