domingo, 22 de agosto de 2021

Dissonância cognitiva e a difícil arte de dialogar

Dissonância cognitiva e a difícil arte de dialogar
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Um homem com uma convicção é um homem difícil de mudar. A afirmação é de Leon Festiger, psicólogo americano considerado até hoje uma referência na psicologia social por ter desenvolvido algumas teorias importantes como a da Dissonância Cognitiva. Em seu livro "When prophecy fails", dos anos 50, Festinger comprovou o apego das pessoas às suas ideias, ainda que a realidade ao seu redor as desafiasse ou mesmo as contradissesse radicalmente. Ainda sobre a convicção do homem, Festinger disse: "Diga a ele que você discorda e ele não irá ouvi-lo. Mostre a ele fatos ou números e ele questionará suas fontes. Apele à lógica e ele não conseguirá entender seu argumento".

A dissonância cognitiva nos rodeia, e poucos estão completamente imunes a ela. Quando a realidade se choca com nossas convicções mais profundas, muitas vezes preferimos recalibrar a realidade a ajustar nossa visão de mundo.  E a tendência, muitas vezes, é nos tornarmos ainda mais rígidos em nossas crenças.

Flexibilizar pontos de vista e posições a respeito dos mais diversos temas é e sempre foi um dos grandes desafios da humanidade. E atualmente, sequer temos paciência ou habilidade para dialogar sobre questões mais polêmicas, especialmente com pessoas que pensam diferente de nós. O desafio todo está em dar um passo atrás e aprender a conversar. 


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