O que nos torna diferentes é o sentido que atribuímos aos nossos atos. É a nossa história como indivíduo; mas, sobretudo, como coletividade.
O que se passa tendo os indivíduos como centro e a época como cenário é romance. E se o personagem foi perfeito, sem defeitos e contradições, nem isso: são contos de fada.
Por isso, embora compreenda o olhar de quem tem essa visão, enxergo o mundo de outra forma, vejo como o movimento das coletividades humanas, fluindo e refluindo na corrente de interesses interligados.
O que nos faz diferentes é o quanto somos capazes de interpretar e dar forma aos desejos coletivos de progresso, mesmo contra um mundo que diz que o progresso é do indivíduo e de seu esforço e capacidade, esta tal meritocracia que exalta a soberba, o autoritarismo e o exercício arbitrário das próprias razões dos sabidos e dos bem-postos.
Releitura de um artigo do imperdível
Fernando Brito
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