Como a UE investe em suas regiões mais pobres
Do jornal alemão Deutsche Welle
Quando uma bandeira da União Europeia (UE) aparece hasteada na biblioteca da esquina é porque o local recebe subsídios do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (Feder). No pote, estão quase 200 bilhões de euros, o que representa 20% da verba do bloco entre 2014 e 2020.
O objetivo é reduzir a desigualdade econômica entre as regiões europeias. Para isso, o Fundo apoia uma vasta gama de projetos: 50 milhões para ligações de banda larga para regiões rurais da Grécia, 60 milhões para a produção de componentes de aviões em Portugal, ou para uma nova linha no transporte urbano da capital da Letônia. Muitos destes projetos são resultados tangíveis da política europeia.
Em seu projeto de orçamento, a Comissão Europeia considera o Fundo uma "expressão de solidariedade entre europeus". Isto parece funcionar: muitos países da Europa Oriental e Meridional recebem significativamente mais do que pagam, enquanto os países economicamente mais fortes contribuem com mais do que recebem. A Alemanha, por exemplo, ganhará quase 11 bilhões de euros do Feder entre 2014 e 2020, destinados principalmente a projetos de pesquisa ou apoio a empresas. Ao mesmo tempo, porém, a Alemanha contribuirá com cerca de 30 bilhões de euros para o Orçamento da UE.
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Na realidade, porém, o fundo não se centra em países inteiros, mas sim em regiões individuais. Para a Sicília, por exemplo, que faz parte da região economicamente mais fraca no sul da Itália, estão planejados mais de 3 bilhões euros. O mesmo se aplica à Andaluzia, no sul da Espanha, cujo PIB é 90% inferior à média da UE, e por isso é considerada "região de transição".
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Um reflexo de que os subsídios fazem efeito e fortalecem a economia de regiões menos desenvolvidas da UE seria o crescimento do PIB ou a criação de vagas de emprego nestas áreas. No entanto, nem sempre fica claro se isso acontece e em que proporção. A Polônia, por exemplo, teve um enorme crescimento econômico desde que aderiu à UE em 2004. Os subsídios desempenharam um papel importante na estabilização do país.
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https://www.dw.com/pt-br/como-a-ue-investe-em-suas-regi%C3%B5es-mais-pobres/a-48723808
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