quarta-feira, 1 de maio de 2019

Populismo: a sequela por trás de uma década de cortes

Populismo: a sequela por trás de uma década de cortes.

A crise transformou a política nos países ocidentais e também nas relações internacionais. François Heisbourg, presidente do laboratório de ideias Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, em Londres, vê um impacto direto e outro indireto da crise de 2008 nas relações internacionais. O impacto direto é a aceleração da ascensão da China como potência econômica e geopolítica.

O impacto indireto, acrescenta Heisbourg, é "o confronto entre a opinião pública, nos países afetados pela crise, e as elites econômicas e políticas", e isso altera a ordem internacional. "As elites se identificavam com a globalização ocidental e com o multilateralismo estratégico que existia em torno do Ocidente. E é contra tudo isso que o populismo investe, e se aproxima daqueles que pretendem, na Rússia ou na China, apresentar um modelo que se contraponha”, explica. "A consequência é a tendência unilateralista e, em certa medida, isolacionista dos Estados Unidos." O mundo pós-crise é menos ocidental do que o anterior e os modelos autoritários recuperaram prestígio –afinal de contas, foram as democracias que falharam na crise, e seus partidos tradicionais, social-democratas e democratas-cristãos, agora estão em declínio em muitos países.

de Marc Bassets, brasil.elpais.com
10 de Setembro de 2018

Matéria completa :

https://brasil.elpais.com/brasil/2018/09/05/economia/1536154753_064111.html

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