segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Brasil, A batalha entre os flancos.

Se o governo que será eleito pretender realizar transformações reais no país, e não apenas mudanças cosméticas, o primeiro movimento terá que ser mexer no vespeiro dos setores da informação e conhecimento da população brasileira.

O sistema centralizado de informação do país se utiliza dos meios de comunicação para manter uma batalha (ilusória e inócua) entre os flancos deixando o chamado "centrão" solto, sem controle.

É o "centrão" que mantém o comando do país desde a colonização, mantendo todo os nossos sistemas retrógrado e arcaico. O "centrão" foi o núcleo central do governo Sarney. Foi o núcleo de maior influência nos governos FHC e Lula. Foi, também, um grupo de grande influência nos governos militares, naquela época representado por políticos do naipe de Maluf, ACM, Sarney, Color, entre outros. Esse "centrão" é o núcleo central do atual governo. O poder do "centrão" é tão grande que Lula, mesmo eleito com propostas antagônica ao governo FHC, mantém a mesma base de apoio.

Qualquer pessoa ou grupo descomprometido com o sistema arcaico do "centrão" reconhece a necessidade urgente de se promover reformas estruturais que são clamadas por quase todos, principalmente a reforma política e a reforma tributária.

São chamadas reformas estruturantes por provocar uma mudança radical nas formas utilizadas. Elas estão em trâmite no congresso há muitos anos, atravessando governos de vários naipes. E não são aprovadas exatamente por que os flancos se debatem em problemas menores, em picuínhas setorizadas, deixando livre o "centrão" para manter a estrutura arcaica e retrógrada que atrasa o país e que mantém os benefícios aos grupos que eles representam.

As reformas estruturantes centrais que os flancos (esquerda e direita) entendem como necessárias e urgentes, são elas:

(1) que reforme todo o sistema político eleitoral, que faça diminuir os custos das campanhas, que permita uma melhor representatividade dos diversos segmentos da sociedade, que coíba os vários desmandos, que crie medidas que agilizem os processos de interesse da sociedade; (2) que quebrem o padrão colonialista da nossa economia, para que o Brasil saia do modelo arcaico de fornecedor de matérias-primas e se torne uma economia avançada de produção industrial e de tecnologia de ponta; (3) que reforme nosso sistema social desagregador, padrão "casa grande e senzala"; (4) que redistribua os tributos desonerando a classe média, e que se crie mecanismos que incentive o dinheiro sair do rentismo para a produção.

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