quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Derrubada de governos - diminuição salarial e retirada de direitos

A história do Brasil ela é tão clara no sentido de apresentar vários golpes que derrubaram os governos que procuraram fazer um Brasil grande com solidez e equilíbrio do que se chama NAÇÃO.

Todos os governos que tentaram fazer do país uma grande classe média foram derrubados. Só é possível se criar uma grande classe média com políticas públicas de forte investimento do Estado, interferindo fortemente para diminuir o enorme abismo entre as classes.

Não existe na história do planeta nenhum país que tenha conseguido solidificar a sua democracia sem a chamada "justiça social" com uma forte intervenção pública, tal como ocorreu com o "New Deal"(EUA),  a Social Democracia Europeia. O Japão se reergueu no pós-guerra com políticas de estado de forte intervenção para criar uma sociedade sem abismo de classes. A Alemanha foi submetida ao Plano Marshall pelos aliados, depois da segunda guerra, que injetava uma fortuna para reequilibrar a economia, e sobretudo reconstruir uma sociedade sem desequilíbrio sócio econômico, com o objetivo de estabilizar a insegura Alemanha. Na França, a Queda da Bastilha ocorreu exatamente pelo esfacelamento da classe média francesa, daí chamada Revolução Burguesa.

Portanto, é ignorância se autoconsiderar social-democrata sem apoiar governos de forte atuação no social e idealizador de políticas públicas de intervenção no sentido de organizar a economia para que atinja o objetivo de diminuir as abissais divisões sociais e territoriais.

As provas, lastreadas nos fatos, são tão claras que uma simples pesquisa lhe mostrará que, após todas as derrubadas de governos, entre as primeiras medidas tomadas pelos novos governos, estão, exatamente, a diminuição dos salários e a retirada de direitos sociais.

A seguir, uma síntese sobre a derrubada de governos no Brasil:

"A História não se repete, mas a expectativa de 2018 traz à reflexão a crise de 1955, quando o governo golpista que derrubara Getúlio Vargas se viu diante da eleição de Juscelino Kubitschek e de Jango. A reação político-militar-midiática, com o apoio da Fiesp de então, via, passado pouco mais de um ano após a tomada do poder, em eleições que não pôde evitar, frustrado o sonho de “exorcizar a era Vargas”.

Lançada, a candidatura de Juscelino foi declarada inaceitável pelos ministros militares e na Justiça foram interpostos recursos contra seu registro. Eleito, JK teve de enfrentar nova ofensiva político-judicial contra sua diplomação.

Diplomado, sua posse foi questionada por um novo golpe militar, sufocado (a crise e o golpe e o contragolpe de 11 de novembro de 1955). Empossado, ainda enfrentaria dois levantes militares e pedidos de impeachment. No governo e fora dele, como Vargas e Lula, foi acusado de corrupção.

Cassado em 1964, processado, nada foi encontrado pelos militares que pudesse condená-lo.
A ordem golpista vinha articulada desde 1945 e alcançou seu apogeu em 1964. Retorna agora, dispensando as Forças Armadas de um papel precursor.

Em 1961, com a renúncia de Jânio, enfrentamos uma nova tentativa de golpe, com o veto dos ministros militares à posse de Jango, vice-presidente constitucional. O golpismo puro e simples foi derrotado nas ruas pelo levante popular comandado por Leonel Brizola.

Mas os acertos pelo alto, a conciliação que preserva os interesses dos dominantes, contornaram a História que o povo escrevia. Com a pressão da rua, militares e civis chegaram à fórmula palatável: a subtração dos poderes reservados a Goulart pelo presidencialismo. O parlamentarismo oportunista foi em horas implantado por um Congresso de cócoras. Jango assumiu como queriam os militares, para reinar sem governar."

Matéria completa:
https://www.brasil247.com/pt/colunistas/robertoamaral/335410/Em-2018-a-na%C3%A7%C3%A3o-fica-entre-a-esperan%C3%A7a-e-a-amea%C3%A7a.htm

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