quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Nó górdio

Retrospectiva
Nos últimos anos muitas ondas de desestabilização das instituições democráticas foram provocadas pela mídia e pela população nas ruas.
Antes disso já se constatava um desgaste da política e a necessidade de uma transformação, a tal busca do novo. Estudiosos afirmam que o modelo de representação está falido, e que a solução para que a democracia não perca terreno para as oligarquias e outras tiranias mais, seria a população agir diretamente nos ditames do país através de organizações de cooperação.
Há uma grande dificuldade de se colocar em prática tal ideia em países de democracia imberbe como o Brasil, frente a despolitização da nossa população.
O desafio é se criar mecanismos para fazer com que a maioria da população entenda quais são os benefícios da integração. Só assim teremos a força do apoio popular para organizar as diretrizes do país.
Por outro lado, a classe média que seria o ariete desses movimentos, por uma questão de fenômeno cultural, desacredita de tudo que seja ligado ao povo, das organizações populares às diversas formas cooperativas  de deliberação.
Esse é o grande desafio dos setores da sociedade que não temem as ações fora da elite cultural, empresarial e educacional. A ideia é criar um fenômeno intelectual que quebre definitivamente a cultura brasileira da divisão estanque das classes sociais, para que, finalmente, se sentem na mesa de diálogo os diversos grupamentos que formam o país.
Só assim alcançaremos a condição de nação - instituição representativa da sociedade que inclui todos os segmentos - para que seja possível realizarmos a integração do país.

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