As intituições brasileiras parecem ter feito um pacto, ainda que subliminar, para que a comunidade fique sem direito de escolher o seu destino. As decisões passam a caber apenas para aqueles que são assimulados pelo sistema. Essa parece ser a forma escolhida para a nossa "soberania".
Nas democracias é a nação quem governa o Estado.
Nação é a soberania da população. É o poder exercido através dos representantes (parlamentares e poder executivo) escolhidos pelo voto. É o povo organizado politicamente quem governa o Estado.
A fórmula encontrada para modificar a estrutura de poder foi desorganizar as instituições para subverter a democracia e assumir a nova regra, que passa a ser:
- o Estado governando a nação,
através de uma oligarquia.
Essa forma se torna visível :
1) Pela permanência do golpe
- que ficou claro até para quem apoiou
a destituição do governo anterior,
pelas várias Delações e confissões.
2) Pela manutenção de um governo com
comprovação de corrupção pelo
aparato judicial e até pela chamada
grande imprensa.
3) Pelas submissão de todo aparato
institucional que pela inércia
permite a manutenção da usurpação
da democracia pela oligarquia que
tomou o poder.
Não devemos nos iludir para acreditar, com tudo o que está ocorrendo, que estamos em uma turbulência transitória na nossa democracia.
Não estamos em uma democracia.
Não existe a possibilidade de um grupo que toma o poder a fórceps e que passa a controlar a guilhotina para atingir apenas aos contrários, permita eleições claras e limpas, sem manipulações. Para o risco de se voltar aquilo que quiseram obstruir e modificar em tão curto espaço de tempo, eles não arriscariam sequer fazer o golpe.
Estamos vivendo um governo de uma panela de parlamentares com muito poder, que amordaça a justiça e faz assimilar a imprensa. Claro, tudo em nome de uma governança de mercado. Um verdadeiro oligopólio instalado no país.
Oligopólios não são destituídos de forma democrática, principalmente no início de sua formação.
A história demonstra que oligopólios só são destituídos:
1) pelo desgaste através de longa
permanência no poder;
2) através da guerra civil;
3) pela intervenção militar, que a grosso
modo é a substituição de uma
oligarquia por outra, mas com uma
característica positiva; normalmente
são cobertas de nacionalismo contra a
entrega do país ao estrangeiro.
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