sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Entrelaçamento quântico - somos todos um

Os experimentos científicos têm mostrado que, no movimento caótico dos constituintes da matéria, um átomo interage com outro quando os dois colidem e, se existir certa afinidade entre eles,  é provável que nesta interação haja uma reação química que os prendam um ao outro, parte formar um agregado material de tamanha maior: a molécula. É dessa forma que atualmente a ciência supõe que todos os objetos são formados.

Mas esse não é o único tipo de interação que acontece entre os elementos que constituem a natureza. Outro tipo de interação entre estas entidades microscópicas e conhecido como entrelaçamento quântico. E aí algo fantástico acontece. As partículas se ligam mutuamente, como no caso anterior, mas elas não permanecem juntas.

Nesse processo, cada uma delas parece colocar uma marca na outra e elas permanecem interligadas, independentemente do tempo e do espaço. Nesse matrimônio quântico, apesar de uma não ficar presa na outra, elas não se esquecem do compromisso assumido. Permanecem livres, mas continuam estranhamente interagindo, uma vivendo em contato com a outra, sentindo o que a outra sente, mesmo quando existem enormes distâncias entre elas. Parece que há entre elas algo mais nobre, mas permanente e, mesmo distantes, cada uma delas parece fazer parte da outra em uma perfeita integração. Eis aí o enigma do entrelaçamento quântico.

Os entrelaçamentos quânticos são frequentemente observados na Natureza nos processos de criação de partículas gêmeas nas desintegrações de partículas instáveis, isso é, quando as partículas são criadas en um mesmo ponto do espaço. E como a Cosmologia supõe que tudo o que existe foi originando de uma flutuação no vácuo quântico e criado em um minúsculo ponto singular, é razoável supor que todas as partículas estejam entrelaçadas quanticamente. Talvez o filósofo e escritor Ervin Laszlo tenha mesmo razão quando afirmou em "O Campo de Akasha":

"Nossa separação é uma ilusão. Somos partes interconectadas do todo. Somos uma lagoa com movimento e memória. A realidade é maior do que você e eu e todos os barcos que velejam nas águas e todas as águas por onde velejam."

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