Após essa vitória, o objetivo do neoliberalismo se transmuta para tornar o Estado forte para que reprima com eficiência todo e qualquer movimento popular que pretenda inserir mais democracia direta na sociedade, limitando a arena política ao voto.
Por isso a pressão para que os
governos elaborem leis draconianas, como a Lei de Segurança Nacional, Lei do antiterrorismo
e outras que criminalizam os movimentos populares, classificando
qualquer excesso como terrorismo, e alterações na legislação para aumentar
desproporcionalmente as penas.
O neoliberalismo quer o Estado forte não para regular as relações em sociedade, objetivando o equilíbrio e a justiça, mas para que resguarde o “status quo” e para socorrer o capital em determinados momentos, como se faz no Brasil com as altas taxas de juros ou como fez o governo americano que comprou as dívidas de bancos e empresas, na crise de 2008, “para restabelecer o funcionamento normal do mercado financeiro”, através de pacotes bilionários de financiamento público.
O neoliberalismo quer o Estado forte não para regular as relações em sociedade, objetivando o equilíbrio e a justiça, mas para que resguarde o “status quo” e para socorrer o capital em determinados momentos, como se faz no Brasil com as altas taxas de juros ou como fez o governo americano que comprou as dívidas de bancos e empresas, na crise de 2008, “para restabelecer o funcionamento normal do mercado financeiro”, através de pacotes bilionários de financiamento público.
Para manter o controle do Estado,
o capital se utiliza da mídia que além de manter os governos nas rédeas pelos
noticiários direcionados e tendenciosos, induz a população ao erro,
principalmente através dos conhecidos mecanismos:
1 - Jornalismo de matilha.
É quando um assunto só é
considerado digno de interesse se for tratado por uma grande agência ou pelo principal
veículo. Então, mesmo que seja matéria requentada ou sem importância, todos seguem,
feito matilha, o meio alfa.
2 - Jornalismo de pensamento
único.
Quando os meios de comunicação
não veiculam senão as opiniões de um pequeno grupo, privilegiando demasiadamente
uma ideologia.
Durante um dia, uma semana, ou
mais, o assunto é o mesmo em quase toda mídia, por vezes causando danos
irreparáveis para indivíduos, pessoas ou mesmo para o país.
Através de uma seleção de conteúdos, a mídia tem o poder da construção da realidade, que é um poder simbólico. Esse poder simbólico procura reproduzir uma ordem homogeneizada do pensamento, com um objetivo, a formação de uma ideia única. O leitor ou ouvinte será apenas mais uma peça articulada para o consumo, engolindo, sem perceber, uma programação inócua a princípio, mas nefasta em longo prazo.
Com
isto, criam sujeitos incapazes de contestar o que se lhes é apresentado como
verdadeiro, pronto e acabado, tornando-os submissos e dominados.
Com essas
características a mídia influencia as decisões do Judiciário, orienta as ações
do Congresso e do Executivo, determinando como deve ser a política pública e
como devem funcionar os poderes da República.
Quando o jornalismo de matilha e o jornalismo
de pensamento único se arvoram demais em defensores da ordem pública, provocam
crises, muitas vezes difíceis de serem sanadas.
A grande mídia noticia mal também
na cobertura das eleições, e qualquer estudo pode confirmar que os eleitores
têm pouca noção das posições reais dos candidatos e as propostas do lado
ideológico de cada coligação.
O controle da informação, pelo
jornalismo de matilha e pelo jornalismo de pensamento único, é tão grande que empurrou
o atual governo da presidenta Dilma, para não ser derrubado, a exercer, na
economia, a plataforma do candidato da oposição, substanciosamente contrária ao
prometido em sua campanha, a politica neoliberal de contração, sem que a
população perceba as diferenciações e suas consequências das escolas de
pensamento de economia.
Sem pluralismo de correntes ideológicas na
grande mídia, a população perde o poder de reflexão, e se torna livre
atiradora, formando grupos que atuam a esmo, sem rumo e sem horizonte,
formando o que se chama de manada, direcionados por qualquer berrante, sem saber
ao certo o que se reivindica, quais as consequências das mudanças de polo na
politica, tirando da população a capacidade de indagar livremente e criar o
novo.
Será que existem faces, por trás do capital?
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