domingo, 21 de junho de 2015

Seis princípios

O primeiro preceito do regulamento é que tudo o que nos rodeia é de um mistério insondável. O segundo preceito é que devemos tentar desvendar esses mistérios, mas sem esperar jamais conseguir isso. O terceiro é que um guerreiro, ciente dos mistérios insondáveis que o cercam e ciente do seu dever de tentar desvendá-los, ocupa seu lugar certo entre os mistérios e vê a si mesmo como um deles. Consequentemente, para um guerreiro o mistério de ser não tem fim, seja ser uma pedra, uma formiga ou ele próprio. Essa é a humildade de um guerreiro. Uma pessoa é igual a tudo. Use toda a concentração de que é capaz para decidir se entra ou não na batalha, pois toda batalha é uma batalha pela vida. Esse é o terceiro princípio da arte de espreitar. O guerreiro tem que estar disposto e pronto para tomar sua última posição a um certo momento. Mas não de forma atabalhoada. O quarto princípio da arte de espreitar é relaxar, soltar-se, não ter medo de nada. Só então os poderes que nos guiam abrem o caminho e nos ajudam. Só então. E qual o quinto princípio? – o guerreiro, quando confrontados com coisas que não conseguem lidar, se retraem por um instante. Deixam a cabeça se soltar, usando o tempo como uma coisa. Qualquer coisa serve. O sexto princípio é condensar o tempo; até mesmo um instante é preciso. Numa batalha pela vida, um segundo é uma eternidade, eternidade esta que pode decidir o resultado final. Os guerreiros esperam ter êxito, portanto condensam o tempo. Não desperdiçam nem um minuto. É preciso aplicar a espreita às coisas diariamente; as pequenas coisas à princípio, e depois as coisas mais importantes da sua vida.


A verdadeira liberdade de um guerreiro é escolher e aceitar a sua escolha.

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