segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Os movimentos da imprensa.



A irresponsabilidade política nas análises das realizações dos governos feita pelos formadores de opinião incendeia o país, abre brecha para candidaturas oportunistas, sem consistência de articulação e governabilidade, colocando o país em riscos tão sérios que esses mesmos veículos são obrigados a seguir o rastro de fogo abanado por eles com extintores de incêndio para evitar danos irreparáveis.

Depois de bombardeios diários contra o governo, depois de esconder realizações importantes para o país e depois de pregar o pessimismo durante todos esses anos, não era de se estranhar a enorme insatisfação da população com governos e políticos.

Esse é o grande risco da imprensa pretender se colocar como o verdadeiro partido político de oposição. Manipular a opinião pública é risco histórico que elevou ditadores sanguinários ao poder e que deflagrou grandes conflitos.

Essa construção ideológica alcançada por ataques constantes e muitas vezes infundados efetuados contra políticos, governantes, e a atuação do judiciário, com o objetivo de criar uma imagem negativa do agente público, associando-o invariavelmente à corrupção e à ineficiência gera riscos graves e constantes para a estabilidade do país.

Basta observarmos as valorizações ou quedas de ações na bolsa de valores de determinado grupo e das moedas em função de especulações muitas vezes iniciadas e/ou estimuladas pela mídia, recentemente enormes oscilações ocorreram com empresas como a Petrobras após bombardeio midiático de má gestão e com as de energia elétrica por “quebra de contrato” e “insegurança jurídica”.

Basta observarmos como subiram os juros nos últimos meses, contra a política econômica do governo, mesmo estando a inflação dentro da margem estabelecida e aceitável e em trajetória, ainda que lenta, de queda, criando a instabilidade na economia.

A mudança de lado da grande imprensa em relação à cobertura do Movimento Passe Livre foi emblemática. Se no início a cobertura foi de condenação ao movimento atribuindo aos participantes os motes de vândalos, classe média desordeira, inclusive insuflando as ações violentas da polícia, a partir do momento em que pressentiu que poderia tirar proveito próprio pela musculatura que o movimento adquiriu passou a apoiá-lo e tentar direcionar as bandeiras defendidas, mesmo com as constantes manifestações contrárias à forma de atividade da grande mídia, o que se viu foi uma instabilidade nas relações entre população e agentes de controle.

Na área da justiça a forma do julgamento do mensalão do PT e a leniência do STF em relação ao mensalão tucano, exatamente em consonância com a cobertura da mídia falam por si só e criam a instabilidade no mundo jurídico.

Nesses últimos dias alguns veículos da grande imprensa têm publicado matérias expressando a preocupação com a possibilidade de vitória nas urnas de Marina Silva pelo risco claro da fragilidade do governo caso ela seja eleita.  A candidatura de Marina foi inflada por cada uma das manobras da imprensa explicitadas acima.

Essa é a mídia que insufla a instabilidade no país para que possa tentar exercer o controle sobre governantes.

Ainda não aprendemos que o controle em um país democrático se dá pela população que delega essa função aos seus representantes eleitos para o executivo e legislativo, quando já se procura o passo mais avançado que seria a maior participação direta da população junto ao congresso e ao executivo para a elaboração dos projetos e destinos do país.

Nenhum comentário:

Postar um comentário