sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Retrospectiva 2013 do terrorismo midiático.


O ano começou com o terrorismo midiático informando que o Brasil corria sérios riscos de apagão elétrico e que o racionamento de energia seria inevitável.

Em janeiro a revista "Isto É" estampou em letras garrafais a manchete:

"Possibilidade de racionamento afeta confiança de empresários, dizem economistas"

Risco de apagão pode reduzir expansão do PIB em 2013 - Isto É 

Ao contrário do apagão o que se viu foi a inauguração de várias hidrelétricas que já estavam em construção, tantas outras que serão entregues nos próximos anos e a expansão de outras matrizes aumentando a nossa capacidade de fornecimento energético, além do governo ter feito despencar o preço da energia.

Em abril, a “crise do tomate” que levou uma conhecida apresentadora da rede Globo a usar um colar de tomates para pressionar o Banco Central a elevar os juros. Na próxima talvez a obriguem de colocar uma melancia no seu traseiro.

Durante todo o ano o governo foi bombardeado com matérias pseudo - jornalísticas que exploraram de maneira sórdida:

1) Ineficiência do modelo de concessões e falta de planejamento.

O que se viu foram as concessões vitoriosas dos portos, aeroportos, rodovias e no pré-sal.

2) Inflação descontrolada.

Desde o primeiro semestre o comentarista do blog “foo” veio apresentando, mês à mês, quadros comparativos de inflação com anos anteriores demonstrando que a inflação estava completamente dentro das margens e equivalentes as meses correlatos de vários anos anteriores a 2013. Resultado, estamos fechando o ano com a inflação dentro das expectativas do governo e provavelmente ainda menor do que o ano anterior.

3) Risco de alta no desemprego. Terminamos o ano com índices recordes de emprego.

4) Movimentos de rua de junho.

A grande mídia tentou colocar as manifestações como se fossem contra o governo Dilma e aproveitaram para tentar alavancar as candidaturas de Aécio (no desespero Serra) e Eduardo Campos (no desespero Marina). Resultado, todas as pesquisas posteriores demonstraram que Dilma ganha no primeiro turno.

5) Mais médicos. 

A cobertura jornalística priorizou entrevistas com médicos e dirigentes dos CRMs que atacaram em defesa do corporativismo da classe, e omitiu o sucesso deste tipo de plano de atendimento em países que o implementaram levando saúde às populações esquecidas e abandonadas. Resultado, o plano tem alcançado um sucesso estrondoso.

6) Que o país estava parado.

Mesmo com os inúmeros canteiros de obras Brasil adentro, construção de imóveis residenciais,  estradas, portos, estaleiros,  plataformas de petróleo, o país voltando a fabricar navios, o comércio vendendo como nunca, criação de novos postos de trabalho, etc.

7) As condenações na AP 470.

Tentaram mais uma vez colocar a pecha de que “nunca se viu tanta corrupção no país”, como se fosse uma exclusividade do PT, chegando, a grande mídia, inclusive a lançar o nome de Barbosa como candidato à presidência da república.

8) Que a copa será um fracasso.

O sucesso recente da copa das confederações não foi suficiente para pautar análises mais equilibradas sobre a copa 2014.
9) A desindustrialização.

Esse foi mais um tópico recorrente. No entanto, a nossa mídia tradicional foi incapaz de falar nos vários incentivos do governo como as concessões vitoriosas em todos os setores da infraestrutura, a diminuição de impostos para a cadeia produtiva, a diminuição do preço da energia, disponibilização de dinheiro via BNDES, etc. Omitiu que o governo do PT reativou a nossa indústria naval para a fabricação de estaleiro e navios. A maré do contra é tão grande que até na recente aquisição dos jatos Gripen para a aeronáutica que priorizou a transferência de tecnologia e a fabricação deles em território nacional foi alvo de criticas.

O que mais se viu nas matérias “jornalísticas” foram frases como; “o gigante acordou”, “o país está parado”, “a inflação voltou”, etc.

Um jornalismo tendencioso e desinformativo que induz a população ao medo e a baixa qualidade de conhecimento.

2 comentários:

  1. Ótimo texto, Assis. Só faltou, a meu ver, você citar o 'Caos Fiscal', que foi inventado pela Grande Mídia nos meses finais deste ano, quando a mesma tentou criar um clima de pânico entre os credores do Estado, dizendo que as contas públicas brasileiras estavam em péssima situação. Se os credores tivessem acreditado nesta mentira, eles teriam deixado de financiar o Estado brasileiro ou, no mínimo, cobrariam juros muito maiores do que os atuais para emprestar ao mesmo.

    Mas como a Dívida Pública Líquida continuou caindo ao longo do ano (chegando ao nível de 35% do PIB, contra 60% do PIB em 2002) e o déficit público nominal estabilizou-se, nos últimos anos, num patamar em torno de 2,5% a 3% do PIB, e as agências de classificação não reduziram a nota do Brasil (tal como fizeram com a União Europeia), então esse discurso catastrofista sobre a situação fiscal brasileira caiu no vazio.

    Na verdade, os leitores deste blog já sabiam disso há muito tempo, visto que publiquei, em Julho deste ano, um texto analisando a boa situação das contas públicas brasileiras, mostrando que, se desejasse, o Brasil até poderia entrar para a União Europeia em função disso:

    Link:

    http://guerrilheirodoanoitecer.blogspot.com.br/2013/07/contas-publicas-brasil-poderia-entrar.html

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