Uma Ópera Bufa.
Gilmar recitava seu texto de forma dramática. Parecia estar
declamando Shakespeare, mas a forma rasteira de sua peça parecia mais com um
pastelão. Arvorou-se a citar trechos da Obra de Celso de Mello.
Marco Aurélio declamava seus épicos, se esforçava para
imprimir genialidade e veracidade dos fatos, mas se perdia no seu próprio texto
e não passou de uma comédia de baixo gabarito.
Cármen Lúcia por influência de Bizet arriscou com o seu
canto enfeitiçar e seduzir a plateia, mas se perdeu quando os seus olhos
demonstravam perplexidade e pavor enquanto os seus lábios tremiam ao recitar o
seu ato.
Barbosa era o maior espectador deste teatro, ora sorria, ora
vibrava em cada ato com o desempenho dos seus pares.
Alguns trechos marcantes da Opera Bufa
Barbosa:
“aceitar os embargos é eternizar o julgamento”.
Barroso:
“Também estou exausto deste processo, mas penso que eles têm
direito. E é para isso que existe uma constituição: para que o desejo de onze
não seja atropelado pelo desejo de milhões”
Fux
"Por que o segundo julgamento seria melhor?",
Barroso
“neste momento,
alegar que eles não são cabíveis, seria um casuísmo que mudaria as regras do
jogo no meio da partida”.
Fux
"Se casuísmo houvesse seria o inverso, porque o STF vem
decidindo que não cabem mais os recursos”.
Fux
“Ressoa absolutamente ilógico sob qualquer ângulo, que não
caibam embargos infringentes nas demais instâncias e caiba no STF”.
Marco Aurélio Mello
“Talvez porque sejamos ministros menos experientes”
Barbosa
“Ou talvez porque o Supremo de 2014 seja melhor que o
Supremo de hoje”
Ainda Fux
“um possível acolhimento dos embargos infringentes teria
consequência nas 400 ações penais que tramitam no Supremo.”
"A serventia seria apenas protelar o resultado
final".
Cármen Lúcia
Atos meus em que fiz referência ao art. 333, mas não fiz
análise do inciso 1, para não ficar impressão de que haveria mudança de
tendência.
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