Fato, a sociedade está cada vez mais intolerante.
Pode-se observar em qualquer segmento, o trânsito é uma aula dela.
As escolas, nem se fala.
Imaginem então quando não se precisa mostrar a cara como na internet?
Esse é o mais um exemplo de que o modelo que prometia justiça,
felicidade, oportunidade para todos, liberdade, entre outros, faz água.
Faltou nele, estar incluso a fraternidade.
Bateram tanto na igualdade, incensaram tanto a liberdade, que essa
passou a ser, na prática, sinônimo de individualismo doentio e seu
egoísmo, e como consequência a incapacidade de transigência e até mesmo
da negociação, o respeito aos semelhantes, e pior, às leis.
Essa incapacidade de convívio e aceitação de situações adversas está
presente na política, nos jornais, que atacam ferozmente os seus
desafetos, não importando que seja com fatos inventados e mesmo que se
coloque em risco os seus "adversários".
O parlamento não consegue mais chegar a acordos via a sua principal
função que seria a negociação e, não raramente, o que se decide é
questionado, pelos mesmos que não conseguiram o diálogo, no STF,
provocando a judicialização da sociedade que passa a ver os seus novos
direitos sendo decididos pelo judiciário e não pelos nossos
representantes eleitos para tal.
Programas de TVs que incentivam o julgamento de nossos semelhantes e
que prometem rios de dinheiro a quem não for condenado pelos votos dos
telespectadores que pateticamente ficam grudados nas telas julgando e
condenando aqueles que lhes são dissemelhantes ou lhes desagradam.
Escolas onde crianças já julgam e condenam os que são diferentes, o bullying.
Uma sociedade onde aqueles que falam de valores e princípios são
considerados Polianas, irrealistas e inocentes úteis, e são desprezados.
A sociedade que não quer pensar, que quer agir e tirar o máximo de
proveito no que quer que seja, a maximização; que advoga a excelência e
aqueles que não a alcançam são colocados em segundo plano.
Está na hora de pensarmos o que vamos ensinar aos nossos filhos. Quais valores.
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