domingo, 5 de maio de 2013

Ciência e Religião de mãos dadas

Helena Blavatsky, e a Teosofia, tratou deste tema com profundidade em seus vários livros.
A Teosofia se constitui na sabedoria universal e eterna presente nas grandes religiões, filosofias e nas principais ciências da humanidade, e pode ser encontrada na raiz ou origem, em maior ou menor grau, dos diversos sistemas de crenças ao longo da história.

Basicamente a Teosofia prega a fraternidade universal, a origem espiritual das formas e dos seres, e a unidade de toda a vida; aponta uma fonte única e eterna para todo conhecimento, demonstra a identidade essencial entre os grandes mitos das culturas mundiais, traça o perfil da estrutura do cosmo  e do homem e descreve os mecanismos, suas leis, suas potencialidades e suas transformações ao longo dos aeons.

A Teosofia teve um papel fundamental e revolucionário na evolução do pensamento moderno do ocidente. No contexto intelectual e espiritual da época em que apareceu, embora jamais tenha reivindicado para si o status de nova religião, a Teosofia como exposta por Blavatsky representou na prática a proclamação de um novo Evangelho universal, combatendo a forte tendência materialista da ciência em rápido desenvolvimento, e que estava a esvaziar, com os novos conhecimentos que trazia à luz sobre o mundo manifesto, as instituições religiosas que continuavam a pregar suas histórias piedosas mas irracionais, as quais começavam a se tornar um estorvo para o futuro desenvolvimento da raça humana, com perigo de uma perda generalizada da fé. Sua linguagem moderna traduziu e atualizou para o homem de hoje uma série de conceitos importantes da espiritualidade antiga que já estavam obscurecidos e fossilizados pela poeira secular das sucessivas más interpretações, e por isso tornados inaceitáveis à nova mentalidade que surgia e que iniciava a questionar as bases da fé em múltiplos aspectos, a partir da desafiadora massa de evidências e conclusões, dificilmente constestável, produzida pelos cientistas.

Seus ensinamentos podem ser divididos em dois grupos.

Primeiro, a Teosofia significa o conhecimento direto da Realidade. A tradição afirma que o homem, em sua natureza essencial, é uma parte ou aspecto dessa Realidade que as grandes religiões do mundo têm sempre reconhecido com o nome de Deus. Por causa dessa identidade interna, é possível ao homem conhecer Deus diretamente, pelo processo milenar do auto-descobrimento, até que, pela compreensão de si mesmo, se compenetra de sua identidade com a Realidade. Daí em diante não poderá haver para ele dúvida ou morte, nem pecado ou dor. Este estado, descrito pelos místicos como "união com Deus", é o objetivo conhecido por muitos nomes: Liberação, Salvação, Iluminação ou Nirvana.

Assim, a TEOSOFIA é a declaração da identidade do homem com a Realidade e de seu conseqüente poder de conhecer a Finalidade que se chama Deus. "E conhecereis a Verdade, e a Verdade vos tornará livres." "Vede, ISTO sois vós."

O segundo significado da Teosofia é um desenvolvimento do primeiro: o estudo das grandes religiões, passadas e presentes, assim como os ensinamentos dos Sábios cujos escritos, vindos através de muitos séculos, mostram a evidência de um certo corpo comum de conhecimentos relativos a Deus, ao homem e ao universo. Este corpo de conhecimentos, o mais elevado fator comum do ensinamento religioso e filosófico do passado remoto, é também chamado Teosofia.

Seus princípios gerais podem ser resumidos nos itens abaixo:

1. Toda existência é uma unidade. Todas as unidades aparentemente separadas são partes de um único todo.

2. Toda existência é governada por leis imutáveis, que se aplicam tanto aos aspectos visíveis, quanto aos invisíveis da natureza, do universo e do homem.

3. A evolução é um fato na natureza. Da correlação entre o espírito e matéria, entre vida e forma, as infinitas possibilidades da existência emergem gradualmente do estado latente para a expressão ativa.

4. O homem é uma fase no processo evolutivo. A fase humana difere das primitivas, principalmente pela autoconsciência que dá, unicamente ao homem, a responsabilidade pelas suas ações e o poder de dirigir o curso de sua futura evolução.

5. Cada vida humana, do nascimento à morte, é parte de um padrão total de evolução individual. Este padrão é determinado pela ação de leis, que são de extrema relevância para a compreensão das condições do ser no dia-a-dia: a lei do ritmo, que faz a vida e a morte serem seqüência uma da outra, como o despertar segue ao sono no ciclo diário; a lei da Ação ou Karma, que encadeia cada acontecimento ao que o sucede, como as causas estão encadeadas aos efeitos.

6. O indivíduo, como parte da Existência Una e dotado de autoconsciência, tem o poder de libertar-se de todas as limitações de uma condição meramente humana e, experimentalmente, realizar sua identidade com Deus.

7. O caminho para o conhecimento da nossa própria divindade é, em si, obediência às leis da natureza. Pode ser encontrado e palmilhado por aqueles que desejam estudar as leis da natureza e sintonizar suas vidas com as únicas condições que tornam possível a descoberta da Verdade.

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Teosofia
http://www.centroraja.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=48&Itemid=59

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