Há,
portanto, momentos em que os paradigmas entram em crise. Isto ocorre
quando eles não conseguem mais fornecer orientações, diretrizes e normas
capazes de nortear o trabalho científico.
Os problemas deixam de ser
resolvidos conforme as regras vigentes - para cada problema solucionado
vão surgindo outros de maior complexidade. A certa altura, o efeito
cumulativo deste processo entra num período de crise:
não tendo mais
condições de fornecer soluções, os paradigmas vigentes começam a
revelar-se como fonte última dos problemas e das incongruências, e o
universo científico que lhes corresponde gradativamente converte-se num
amplo sistema de erros, onde nada pode ser pensado corretamente.
A
partir daí, outros paradigmas emergem no horizonte científico - e o
processo em que eles aparecem e se consolidam constitui o que Kuhn chama
de revolução científica.
O Direito em sua matriz juspositivista
kelseniana vem sendo discutido não é de agora, e trabalhos das mais
diversas áreas das ciências humanas apontam para as condições de mudança
e complexidade na realidade social.
(FREITAS FILHO, p. 37-38).
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