Colegas do blog.
Solicito a leitura, e a ajuda de quem puder, para a nobre causa abaixo:
"tomo a liberdade de apresentar o manifesto abaixo sobre a batalha que estamos enfrentando aqui na área potiguara.
gostaria de contar com teu prestigioso apoio para que possamos levar à frente esta dificil missao.
estamos
lançando uma campanha entre amigos para arrecadar-mos dinheiro para o
combustível do caminhao que transporta o pessoal das aldeias até o local
onde estamos abrindo a picada que vai limitar nossa area e para
alimentação durante este trabalho (feijao e uma "mistura").
Abaixo, a
conta da nossa associação que estará administrando o arrecadado, da
forma mais transparente possível, fornecendo, à quem interessar, o
extrato da conta e a prestação de contas.
Nao importando a quantia, tua colaboração será importantissima.
nome: Associação Comunitaria de Desenvolvimento Lagoa do Mato
Banco do Brasil
Agencia: 2547 - X
conta corrente: 17092-5
Desde já contamos com mais esta tua participação e apoio na nossa luta.
ficando um convite para visitar-nos.
Um forte abraço, e se possivel divulgue entre teus contatos.
Tiuré
MANIFESTO
O MRSF-12- Movimento de Retomada Severino Fernandes 2012,
surge como forma de contestação pela invasão do Territorio Indigena
Potiguara pelo Exército Brasileiro e o consequente desmembramento de 14
mil hectares de terras tradicionalmente ocupada pelo Povo Potiguara
desde tempos imemoráveis. Ato sacramentado pelo Decreto nº 89256/83 e
assinado pelo último ditador a sentar na cadeira da Presidencia da
Republica, General João Batista Figueiredo. Decreto que veio favorecer,
somente, Usineiros e latifundiários que transformaram o territorio
indigena num imenso canavial.
Como movimento de retomada, ela se
apropia da luta, da coragem e guerreirismo que levou o Povo Potiguara
na realização da picada da Auto-demarcaçao realizada em 1981. Movimento
duramente reprimido e sufocado violentamente pelas tropas do Exército.
Batizada de Severino Fernandes,
como homenagem póstuma ao grande guerreiro, líder, que apesar dos
processos, da ameaças de morte, das prisoes, de sequestro e tortura, a
que foi submetido, deu a vida por esta causa.
Ela se insere, no
contexto regional, aos movimentos indigenas que procuram garantir a
sobrevivência da futura população indigena, com suas retomadas de
territorios invadidos.
A nível nacional, busca ressonância no
clamor da maioria do povo brasileiro que procura esclarecer o que
aconteceu nos obscuros 21 anos em que os militares e a elite branca
tomaram de assalto este Pais, e que buscam, depois de 30 anos,
reparaçoes do atual Governo pelas arbritariedades causadas pela
Ditadura.
A Comissão da Verdade, e o MPF já tomaram pra si a
incumbencia de trazer à tona estes atos, em que muitos indios perderam
suas ricas terras, em deslocamentos e desaparecimentos sistematicos de
aldeias, torturas e mortes.
Acreditamos que ela faça parte no
importante processo da Justiça em Transição em que o País busca a
conciliação do povo brasileiro, se adequando assim, às Leis
internacionais onde o Brasil é signatario.
O movimento pretende
buscar alternativas no uso da terra, que não seja ser escravo dos
usineiros e latifundiários da cana de açucar.
Procura buscar
formas de trabalho voltadas, principalmente, para a produção de
alimentos e sustentabilidade economica e de mecanismos que venham
fortalecer sua etnia para fazer frente à uma crescente e intencional
descaracterização indigena, herança da Ditadura.
Sensibilizar o
Governo Brasileiro da necessidade, urgente, de garantir os limites
tradicionais do territorio indigena, essenciais para as futuras
geraçoes, é sua meta. Acreditando que esta possa ser a melhor reparação
que o atual governo deve às populações indigenas.
Este movimento
nao está personalizada numa pessoa, ela nao tem caciques, nao tem
chefes, nao está atrelada à ongs, igreja ou partidos politicos. Com 7
meses de vida sua identidade é a autonomia e independencia.
O MRSF-12 representa
o anseio de toda Nação Potiguara e daqueles que clamam por Justiça e
dignidade humana para os habitantes originais desta Terra.
Severino Fernandes vive!
Territorio Indigena Potiguara, novembro 2012
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