Graciosa, divertida, Mafalda. Quem não se encanta com essa menina que parece ter mais e saber mais que muita gente perdida nesse mundo? A tira de Quino ganhou vida, demarcou seu espaço e nunca deixou de ser atual. Ainda protestamos diante da obviedade das injustiças e ainda odiamos sopa.

Era década de 1960. Um desses anos que marcam os passos apressados de uma humanidade em retalhos. Após as guerras que mostraram ao homem sua face mais dominadora, a contracultura preencheu de novos ares os campos tomados e impulsionou uma geração embasbacada com o sangue que escorria das portas, das ruelas, dos palácios, manchando o sorriso e a esperança das pessoas. Ninguém aguentava mais aquilo. Mas, como dizer? Era atribulado o fluxo de vozes e argumentos. Até que alguém teve uma ideia: a criança fala.O símbolo da infância, sua “pureza” e lugar no mundo são motores ideológicos que movem centenas de obstáculos e criam uma espécie de aura renovada. Seu contrário, igualmente impactante, transforma o observador em sujeito descrente, afinal, “onde está o futuro dos homens se até as crianças foram corrompidas”
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