Por Andréa Mota
Graciosa,
divertida, Mafalda. Quem não se encanta com essa menina que parece ter
mais e saber mais que muita gente perdida nesse mundo? A tira de Quino
ganhou vida, demarcou seu espaço e nunca deixou de ser atual. Ainda
protestamos diante da obviedade das injustiças e ainda odiamos sopa.
Era
década de 1960. Um desses anos que marcam os passos apressados de uma
humanidade em retalhos. Após as guerras que mostraram ao homem sua face
mais dominadora, a contracultura preencheu de novos ares os campos
tomados e impulsionou uma geração embasbacada com o sangue que escorria
das portas, das ruelas, dos palácios, manchando o sorriso e a esperança
das pessoas. Ninguém aguentava mais aquilo. Mas, como dizer? Era
atribulado o fluxo de vozes e argumentos. Até que alguém teve uma ideia:
a criança fala.O símbolo da infância, sua “pureza” e lugar no mundo são
motores ideológicos que movem centenas de obstáculos e criam uma
espécie de aura renovada. Seu contrário, igualmente impactante,
transforma o observador em sujeito descrente, afinal, “onde está o
futuro dos homens se até as crianças foram corrompidas”
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