sábado, 14 de maio de 2011

Cabeça de Avestruz.

*Na mitologia popular, o avestruz é famoso por esconder sua cabeça na areia ao primeiro sinal de perigo.
Por Assis Ribeiro

Quando eu era menino, ouvia sempre a história que bastava um fio do bigode para se fazer valer “a palavra”, era desta forma que se faziam e se cumpriam os acordos. Depois vimos que isso já não era suficiente (os homens já não acreditavam mais nas suas próprias palavras) e precisamos criar o contrato escrito para fazer valer as nossas “palavras”. Depois os contratos escritos passaram a não serem cumpridos e passamos a jogar a responsabilidade de seu cumprimento nas mãos dos juízes, homens como nós próprios. Hoje somos órfãos da verdade
das nossas “palavras” e das nossas ações.

Não devemos jogar a responsabilidade do colapso da sociedade na mão dos nossos políticos, juízes, quando nós todos somos responsáveis, ativos ou passivos, pelo que ocorre.

Nos iludimos quando, para esquecer nossos desmandos, promovemos “caça as bruxas”  com nossos parentes, nossos vizinhos ou mesmos desconhecidos, criticando-os ou os culpando.

Um pequeno exemplo são os “Reality Show”, onde um participante faz de conta que é melhor do que o outro e nós do outro lado promovendo a “caça à bruxa” e debilmente nos deliciando quando cortamos a cabeça daquela escolhida pelo sistema, depois vem a próxima, depois a próxima até que sobra a última bruxa que então elegemos como o nosso “ídolo”.

É preciso mudar a cultura.

Essa mudança só se dará ou pelo colapso da sociedade ou pela educação dos nossos filhos e de nós mesmos. Mas, é a educação dos nossos filhos no lar, resgatando o sentido de família, com solidariedade e respeito entre os seus pares. Não devemos jogar a responsabilidade nas escolas que são apenas coadjuvantes neste processo.

Esse colapso está principiando pela falta de princípios universais e coletivos da nossa sociedade atual que valoriza o individualismo, a competitividade, trazendo com eles o egoísmo e consequentemente uma sociedade perdida e triste.
Para não permitirmos este colapso é necessário reeducar o nosso caráter. Fazermos uma reforma íntima, de princípios universais e coletivos.

O mínimo que devemos fazer é observar a: 
  • ·Falta de respeito aos outros e às suas idéias;
  • ·Desrespeito aos direitos dos outros;
  • ·Cumpre-se muito pouco as leis e os regulamentos;
  • ·Não é honesta a distribuição de renda aos homens;
Além disso:
  • ·Prevalece o egoísmo, quando escasseia a ética e a solidariedade.
  • ·O fim dos princípios universais e coletivos fomenta miséria, a fome e a tristeza individual e coletiva e determina o início de conflitos.
O maior desafio para resgatar esses valores perdidos está na tarefa diária de criar um espírito de cidadania, de respeito aos direitos mínimos da pessoa humana e também da certeza de que somos os idealizadores e construtores do nosso próprio destino.
Cumpre a todos espelhar a retidão de princípios. Praticarmos a fraternidade, optando pela paz e a concórdia.

3 comentários:

  1. Eu vi uma frase no fundo de um carro que dizia assim: "Tem que piorar para melhorar." depois que lí isso fiquei mais tranquilo, pensei "o Brasil está indo no caminho certo" espero.

    Tenho reparado que para grande mudanças não precisam de grandes "fazeres", por exemplo, se cada pessoa fizer uma pequena coisa em prol de um mundo melhor, acho que tudo melhoraria. Pode ser uma reciclagem, uso de consciente de energia, ajudar ao próximo, fazer um blog inteligente com reflexões....é fácil fazer algo.

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  2. A hipocresia e um dos maiores responsaveis, estes dias vi uma famosa no programa da OPRAH dizer que a vida dela era seguida pelas belas fotos com os pais mas que e a vida real era vivida de forma diferente, muito diferente! as dicas que eles davam na televisao so servia para os telespectadores.............

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  3. Pois é. Alguns, como nós, pensam desta forma. Vamos fazer a diferença.
    Abraços.

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