Lacrando, mitando ou cancelando quem ousar discordar, este é o método de (não) comunicação atual, principalmente nas redes sociais.
Não interessa se você é de direita, de esquerda ou se encerra qualquer debate com "não discuto política".
O debate se tornou gritaria e dedo em riste, o ataque abaixo da linha da cintura. Trata-se de como neutralizar o diálogo com chutes na canela e sem dor na consciência.
É uma técnica chamada erística, nome derivado de Éris, a deusa da discórdia na mitologia grega.
É como um jogo de cena: é uma forma de argumentação que encobre a razão. A intenção não é provar um determinado argumento, mas confundir, cansar e vencer o oponente.
A erística almeja a vitória no debate a qualquer preço, o diálogo busca o fundamento da verdade. É a técnica de "Como vencer um debate sem precisar ter razão".
Outra técnica que tem sido usada nas conversas é desqualificar o outro. As pessoas passam a ser adversárias e não debatedores. Usa-se o "argumentum ad hominem", ou "ad personam", que é atacar, ofender o interlocutor, em vez de contestá-lo. Tipo, 'Não puxe discussão de ideias. Investigue alguma sacanagem do sujeito e destrua-o."...
Artigo completo: https://tab.uol.com.br/noticias/redacao/2020/05/09/como-a-filosofia-explica-a-cultura-da-lacracao-e-da-mitagem-na-internet.htm?cmpid=copiaecola
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