terça-feira, 27 de junho de 2023

5 maneiras de amar a vida como ela é (e parar de reclamar)

5 maneiras de amar a vida como ela é (e parar de reclamar)

Um monge beneditino nos convida a experimentar uma justa e boa satisfação em relação à nossa própria vida

“Estar contente com a própria sorte é a maior riqueza”, diz o provérbio. Um tesouro difícil de considerar, sobretudo quando estamos eternamente insatisfeitos. 

No limite entre a psicologia e a espiritualidade, o monge beneditino alemão Anselm Grün fornece pistas para amar a vida como ela é. 

A justa e boa satisfação de quem se contenta com o que tem e agradece pelo que lhe é dado. É aquele que não reclama, mesmo que a vida não seja um mar de rosas. Um sentimento que leva à alegria e à felicidade.

Como atingir esse patamar. Aqui estão alguns caminhos.

1- Encontre a paz interior 

Pré-requisito para a serenidade: paz interior. 

Isso significa aceitar-se como você é, estar em sintonia consigo mesmo, aceitar suas fraquezas. 

Tudo o que aceito de mim me permite viver livremente. Não sinto a pressão de ter que me encaixar em um molde”

Aquele que está em paz consigo mesmo fica mais facilmente satisfeito com o que o cerca. 

2 - Cultive a simplicidade e a modéstia

Uma das fontes de satisfação reside em não ter exigências muito altas. Cultivar a simplicidade, amar a moderação, adotar a modéstia: tudo isso contribui para sentir satisfação. Não se trata de resignar-se, mas de contentar-se com o que a vida nos oferece, em vez de querer sempre mais ou sempre melhor.

3 - Seja gentil consigo mesmo

Os insatisfeitos são duros consigo mesmos. Ficam pensando que poderiam ter feito melhor, comparam-se com os outros e se repreendem.

Enquanto me comparo, não posso estar satisfeito com o que sou e com o que possuo. Nesse sentido, Soren Kierkegaard acreditava que a comparação marca o fim da felicidade e o início da insatisfação”.

Para o monge alemão, “estar satisfeito e sereno é aceitar o que foi.

4 - Pratique a gratidão

A satisfação está intimamente ligada à gratidão.

Anselm Grün exorta a não pensar no que não tenho, mas a agradecer pelo que tenho. 

O filósofo búlgaro Omraam Mikhaël Aïvanhov disse: “No dia em que me acostumei a pronunciar conscientemente a palavra obrigado, senti que tinha uma varinha mágica capaz de transformar tudo”.

“Cabe a cada um de nós decidir se quer olhar para o passado com um olhar amargo ou um olhar de gratidão. O passado é o que é, você não pode mudá-lo. Mas se olharmos com olhos de gratidão, em vez de reclamar do nosso destino, o veremos de maneira diferente”.

5 - Confie na misericórdia de Deus

Um dos caminhos espirituais para alcançar a paz interior e a serenidade reside na confiança que depositamos no amor incondicional de Deus por cada um de nós. Deus nos chama à santidade, não à perfeição. O insatisfeito pode imaginar que Deus o quer perfeito. Mas “Deus ama-me tal como sou”, sublinha o monge. “Ele não espera que eu compre seu amor com meu desempenho ou comportamento impecável.” 

Como um pai ama seu filho incondicionalmente, e não em relação ao que ele realiza, Deus ama cada uma de suas criaturas. Ele não disse, dirigindo-se a todos, no batismo de Cristo: “Tu és o meu Filho muito amado; em ti ponho minha afeição” ( Mc 1, 11 )?

Fonte: La joie des petites choses, Anselm Grün. 

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