domingo, 24 de abril de 2022

borboleta imaginária

Sei que jamais saberei o que se passou naquele momento
Como não sei quase o que se passa agora

Lá fora a noite é cheia de compromissos
E eu, omisso, gravo aqui meus sentimentos
Guardado talvez de mim, guardado talvez dos outros

E querendo estar tão absorto
Que jamais soubesse como lá fora a noite se eterniza em nunca e jamais
Jasmins exalam

Flores crescem durante a noite e durante a noite despetalam
Indiferentes ao fato de que pela manhã lhes arrancarão o talo

E eu por que falo?
Por que não escrevo, por que não beijo?
Porque não caço o inexistente poema, borboleta imaginária?

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