Os caminhos evolutivos do antigo Egito
No Egito o chamavam de KABET ou Templo da Sombra Escura ao PRIMEIRO NÍVEL DO CAMINHO EVOLUTIVO, quando o homem é praticamente um animal, um desalmado sem sentimentos, sujeito a paixões descontroladas e as reações automáticas de seus instintos. Seus atos de ira, ódio e instintos desenfreados lhe conduzem a resultados insatisfatórios, angústia, sofrimento, solidão e infelicidade.
Depois de muitas vidas está saturado de sofrer e compreende que ferir os outros somente produz sua própria infelicidade.Neste momento seu espírito renasce no segundo nível de consciência chamado de BATH ou Tempo da Sombra Clara. Então, descobre seus sentimentos, aprende a querer, no entanto não controla suas emoções, encontra-se ainda no inferno da vida.
Ao ascender ao TERCEIRO NÍVEL chamado de Templo Do Coração Que Respira, o pêndulo o leva o extremo oposto transforma-se em um ser bom que vive preocupado com os outros, tentando resolver os problemas deles e fazemdo-os evitar as situações dolorosas da vida.
Também não conseguem ser feliz pois sua paz depende de outras pessoas. No entanto, não as respeita, quer mudar a vida dos outros conforme ele acredita que deveriam viver. Essa atitude leva-o a confrontar seu sistema de crenças com o dos outros, pois não respeita as decisões que estes tomam e quando se depara com situações difíceis para que aprenda considera-se injustas, pois se vê como um ser bom que somente vive para os outros.
Atravessando a porta do fundo chega-se ao Salão Das Aparições assim chamado porque nele via-se, na penumbra de seu santuário, a brilhante estátua de Hórus, dentro de sua barca de ouro usada nas procissões e cerimônias. No lado esquerdo está o Salão De Recepção das oferendas do povo com sua porta externa e o salão onde se armazenava e se preparavam incenso. Do lado direito encontra-se o Salão Das Purificações usado pelos sacerdotes em seus rituais diários de limpeza com a porta para sair para o lago e poço do templo.
Os sacerdotes escolhiam seus discípulos entre os seres que manifestavam maior respeito pelos outros, maior sensibilidade, os que demonstravam ter no mínimo um terceiro nível de consciência.
Forneciam-lhes informações e a forma de verificá-las pessoalmente. Eram criados para que aprendessem a elevar seu nível de vibração.
O trabalho começava pelo controle dos instintos, do medo da morte, do instinto de defesa e agressão. Eram submetidos a situações de extremo perigo. Aprendiam a confiar nos outros. Anos depois, o trabalho deles era controlar as emoções, os desejos e os prazeres, compreender que o corpo é igual ao universo só que em outra proporção, para isso passavam em vários tempos como de Luxor.
Chegavam, então, ao QUARTO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA, chamado de Sekhem, onde com outros seres nascidos nesse nível eram dirigidos pelo Mestre Das Medidas. Estes lhe ensinavam como o nome e o número determinam a forma de tudo que existe.
Alguns poucos alcançaram o QUINTO NÍVEL, o chamado templo dos QSSRU. Aqui receberam informações sobre a meta do caminho de reencarnações e compreenderam o significado da neutralidade.
Depois seguiram em seu caminho de aperfeiçoamento, embarcaram pelo rio para chegar à Karnak, o Templo Da Consciência Do Homem, onde buscariam a sabedoria através da arte, do conhecimento do seu inconsciente ao reviver a sua corrente de reencarnações.
(...)
A antecâmara das oferendas também se comunica com a chamada Capela Pura, o espaço aberto onde as imagens simbólicas das forças fundamentais do universo eram expostas aos raios de sol para que renovassem sua energia. Os muros do templo estão repletos de baixos relevos usados para explicar os mistérios do universo, a razão da reencarnação, uma forma de chegar ao fim do caminho e converter-se em um super-homem. Este momento é representado pelo nascimento de Hórus, simbolo do renascimento espiritual, da iluminação.
A compreensão leva o pêndulo ao centro, transformando o homem em um ser justo, respeitoso, que aceita a perfeição de qualquer situação, mesmo as mais difíceis e dolorosas, pois produzem compreensão em quem as vive.
O mau se converte em bom, o bom em justo, e por último o justo em sábio.
Neste momento chega a iluminação representada por Hórus, quando se renasce a partir do espírito, terminando a onda de reencarnações desta escala do universo para continuar o caminho do aperfeiçoamento para uma hierarquia mais elevada.
O homem que nasce na carne, renasce no espírito.
Assim termina a sua transformação da animalidade original à espiritualidade eterna, de sua consciência temporária à consciência permanente, da mortalidade à imortalidade. O amor permanente em pensamento, palavra e obra fruto deste entendimentos faz com que o ego desapareça para sempre e com ele o ciclo de reencarnações.
A civilização egípcia estava baseada na reencarnação como processo de aquisição e verificação pessoal das verdades do universo. O espírito do homem que encarna para aprender com os resultados de suas decisões, transformando-se aos poucos em um ser flexível, sábio, até não ter mais nada aprender nessa escala do universo e iluminar-se. Foram vibrando em amor, certos de que como todos os homens algum dia renasceriam espiritualmente, que chegariam a iluminação abrindo a porta para escala seguinte do universo.
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