domingo, 10 de novembro de 2019

A classe média e as novas derrubadas de governo

A classe média brasileira é historicamente conhecida como protetora e babadora da elite.  Qualquer estudo irá apontar que os invasores que por aqui chegaram vieram para enviar nossas riquezas para Portugal. Para o apoio desses invasores e para ficar com a sobra do esbulho, selecionavam seus Capitães do Mato, os capatazes. Os invasores (colonizadores, para os servis) se utilizavam também de formas mais sofisticadas de "colonizados" como os juízes, introduzidos ao poder para resguardar os interesses dos ricos "colonizadores". 
Quem há de negar que essa formação com base na casa grande e senzala, que perdura até hoje, derrubam governos e criam ditaduras?

A sabuja classe média

A classe média brasileira desconhece os benefícios para ela própria de reformas da social democracia. Aceita e aplaude a teoria da social democracia, mas derruba qualquer governo que tente aplicar os instrumentos inclusivos.

A nova forma de golpe

Outros defensores dos privilégios desses "colonizadores", perpetuados na formação da nossa elite, são as Forças Armadas que além de dar guarita para que se mantenha o "status quo" da nossa elite, atuam para realizar golpes políticos como o de 64. Não vamos nos esquecer que a imprensa é defensora dessa elite e também do golpe de 64,  reconhecendo sua estupidez em Editoral recente da Globo.

Nesta atualidade, quem se alia aos interesses exclusivistas e produz golpes são os parlamentos - que em 64 não foi autor, mais reafirmou cada um dos atos da ditadura. Agora os parlamentos atuam como autor e com auxílio do poder judiciário, por óbvio que fica muito mais fácil à elite falsear a verdade e justificar a "forma democrática" da derrubada de um governo eleito.

Trata-se de uma forma clara e meticulosamente preparada de novas derrubadas de governos, que um estudo realizado em 2007 por Aníbal Pérez-Liñán pela Universidade de Cambridge, cujo título foi enfático e premonitório,  "O Impeachment Presidencial e a Nova Política de Instabilidade na América Latina"', descreve: "após os regimes militares na América Latina, a opção foi por golpes não violentos, travestidos de impeachment".

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