A captura reguladora é o termo cunhado pelo economista George Stigler para descrever a dominação das corporações sobre as agências reguladoras. Muitas Corporações desobedecem as leis reguladoras confiante de que não serão pegas ou de que, se forem, os benefícios financeiros provenientes da desobediência serão maiores do que os custos do processo contra ela. As agências reguladoras em geral não têm funcionários suficientes, não prestam contas, são povoadas por burocratas - muito deles provenientes das indústrias que agora regulam - que se vêem como parceiros em vez de supervisores.
As corporações não têm que prestar conta nenhuma (...). Uma das razões pelas quais a propaganda tenta fazer com que se odeie o governo é o fato de ele ser a única instituição existente da qual as pessoas podem participar de alguma forma e, assim, restringir os poderes tirânicos que não precisam apresentar explicações.
As corporações não são instituições democráticas - seus diretores e gerentes não devem prestar contas a ninguém a não ser aos acionistas que os empregam. A crença de que a bondade corporativa e a responsabilidade social podem e devem ser alcançadas pela força do mercado, a ponto de regulações do governo se tornarem desnecessárias, tem como base o perigoso desprezo pela importância da democracia. Os governos democráticos apesar de todos os seus defeitos são, pelo menos em teoria, responsável por toda a sociedade.
A corporação, acima de tudo, foi deliberadamente criada para ser um psicopata: apenas interessada em si mesma, incapaz de se preocupar com os outros, amoral e sem consciência - em outras palavras, desumana - e o objetivo único é o lucro.
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