Uma releitura de um artigo do jornal alemão Deustche Welle.
O Brasil, como sociedade, se eencontra no processo de perder a capacidade de batalhar e brigar em conjunto pelo melhor argumento. Visivelmente está se perdendo o repertório de regras que cria o espaço protegido para debates políticos travados com coragem verdadeira, para um intercâmbio de argumentos claro e justo.
Não só nas redes sociais, mas também do alto dos postos de liderança, avaliações divergentes são transformadas em questões de fé, a questão do poder é declarada princípio determinante, e um contra-argumento não é percebido como uma proposta, mas combatido como um ataque.
Muitas discussões nas redes sociais comprovam essa assustadora tendência do zeitgeist. Só quem pode mudar isso, no fim das contas, é cada um por si, através de seu próprio comportamento e da permanente reflexão crítica sobre a própria ética de discussão.
Para uma discussão ser frutífera, em seu princípio deve estar o consenso de que o que conta são os argumentos, não a confirmação de convicções pré-fixadas.
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