Imbecilidade e infantilidade no TSE.
Todos os principais debates nos quinze últimos anos, incluindo as várias manifestações de ruas de 2013, trataram sobre a falta de representatividade nos parlamentos, o que inúmeros cientistas sociais atribuíram aos custos e financiamentos eleitorais que criam a dependência dos candidatos aos interesses exclusivos do capital.
Além desta constatação, no ano passado, o poder legislativo - que é a quem cabe produzir leis no país - derrubou o veto que liberava o autofinanciamento.
Então, vem o poder judiciário e em resolução do TSE autoriza financiamento eleitoral pelo próprio candidato.
O autofinanciamento coloca em risco a paridade no processo eleitoral e fere o equilíbrio necessário em democracias.
A imbecilidade da decisão do TSE é tão gritante que não leva em conta a constatação do desequilíbrio na representatividade; desfaz uma decisão versando sobre leis do próprio poder legislativo; passa por cima dos anseios populares que reclama do modelo; e, pior ainda, o TSE infantilmente acredita que o candidato que coloca dinheiro do seu próprio bolso depois não irá fazer retornar esse "investimento".
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