sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

“Mulheres que correm com os lobos”

O livro "Mulheres que correm com os lobos" aborda diversos segredos do instinto feminino primordial que muitas de nós tememos ter esquecido ou relegado.

Clarissa Pinkola Estés é psicanalista junguiana, doutora em psicologia etnoclínica e autora desse livro, levou mais de vinte anos para dar forma à sua criação mais conhecida.

As frases do livro "Mulheres que correm com os lobos" nos fazem lembrar de várias ideias. A primeira é que, apesar de toda a nossa aparente sofisticação, continuamos sendo natureza, criaturas selvagens que, de alguma maneira, anseiam por recuperar aquela liberdade ancestral para se sentirem vivas, para encontrarem sua posição no mundo.

O segundo aspecto que não podemos deixar de lado é que, como nos explica Clarissa Pinkola Estés, dentro de cada mulher habita uma força poderosa, um turbilhão de bons instintos, de criatividade, de paixão e conhecimentos atemporais que, às vezes, a própria sociedade nos faz esquecer na tentativa de “nos domesticar”.

1. Ser você mesmo

 “Sermos nós mesmos faz com que acabemos excluídos pelos outros. No entanto, fazer o que os outros querem nos exila de nós mesmos.”

Essa frase é um princípio de crescimento pessoal e de autorrealização inegável. A coragem de ser você mesmo em qualquer cenário,...

2. Ser forte

 “Ser forte não significa exercitar os músculos. Significa encontrar seu próprio brilho sem fugir, vivendo ativamente com a natureza selvagem de uma maneira própria. Significa ser capaz de aprender, ser capaz de defender o que sabemos. Significa se manter e viver”.

Forte é quem encara, quem não foge, quem mostra sem medo sua identidade, quem não se rende, quem vive com alegria e coragem.

3. Afastar-se permite encontrar a si mesmo

“Embora o exílio não seja algo que se deseje por diversão, há um ganho inesperado nele: são muitos os presentes do exílio. Tira a fraqueza a tapas, faz desaparecer as lamúrias, habilita a percepção interna aguda, aumenta a intuição, confere o poder da observação penetrante…”

O exílio, também entendido como o ato de deixar para trás o que é conhecido para enfrentar a própria solidão, a incerteza e até o estranho, nos habilita também a novas capacidades, capacidades como a introspecção, a segurança pessoal, a observação, a receptividade…

4. Os efeitos de não amar a si mesmo

 “Nosso apetite secreto por sermos amados não é bonito. Nosso desuso e mau uso do amor não é bonito. Nossa falta de lealdade e devoção é pouco amorosa, nosso estado de separação da alma é feio, são verrugas psicológicas, insuficiências e fantasias infantis”.

Os efeitos de não amar a nós mesmos são devastadores. O ato de viver frente a esse exterior no qual tentamos nos ajustar a um modelo de mulher sempre artificial, homogênea e subordinada aos outros nos leva à infelicidade. Nós devemos, portanto, observar a natureza como fizeram nossas antecessoras para redescobrir nosso valor, nossa importância e a energia que nos alimenta e nos torna fortes.

5. O verdadeiro amor

 “O amor na sua forma mais plena é uma série de mortes e renascimentos. Deixamos ir uma fase, um aspecto do amor, e entramos em outra. A paixão morre e é trazida de volta.”

O amor é a única forma que nunca se extingue ou se apaga para sempre. É uma entidade transformadora que se estende, que nos permite amadurecer, que morre e renasce, que às vezes nos tira a vida e, mais tarde, nos devolve renovado e mais intenso…

6. Chegar ao fundo do poço

 “A melhor terra para semear e fazer crescer algo novo outra vez está no fundo. Nesse sentido, chegar ao fundo do poço, apesar de extremamente doloroso, também é um terreno para semear.”

As pessoas têm um medo atroz de chegar ao fundo do poço... Nesse momento, surge algo novo, algo mágico inclusive. Nós tiramos nossas peles, nossos artifícios e pesos mortos para subir, para crescer muito mais fortes…

7. O verdadeiro conhecimento

 “Se vivemos como respiramos, prendendo e soltando, não poderemos errar.”

Essa frase simboliza nada mais do que o ciclo da vida: pegar, segurar, deixar ir, aceitar, avançar…

Para concluir,

 “A loba, a velha, aquela que sabe está dentro de nós. Floresce na mais profunda psique da alma das mulheres, a antiga e vital Mulher Selvagem. Ela descreve seu lar como um lugar no tempo em que o espírito das mulheres e o espírito dos lobos entram em contato. É o ponto em que o Eu e o Você se beijam, o lugar em que as mulheres correm com os lobos (…)”
-Clarissa Pinkola-

Do site: amenteemaravilhosa.com.br.

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