terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Resiliência e Empatia

                          Resiliência

A resiliência é a capacidade de se recuperar de situações de crise e aprender com ela. É ter a mente flexível e o pensamento otimista, com metas claras e a certeza de que tudo passa.

Nas duas últimas décadas, a Psicologia Positiva, um ramo da ciência psicológica, vem enfatizando o estudo das virtudes humanas. As investigações realizadas pela Psicologia Positiva têm demonstrado que uma vida mais saudável e feliz depende de sistemas de adaptação que nos permitam vivenciar plenamente as experiências. Tais sistemas se processam ao longo do desenvolvimento humano e, dentre eles, um é essencial, a Resiliência.

Resiliência significa a habilidade de persistir nos momentos difíceis mantendo a esperança e a saúde mental. Pessoas altamente resilientes, tornam-se mais fortes após situações difíceis. Porquê isso acontece?  Porque elas desenvolvem confiança em si mesmas aprendendo novas formas de lidar com os eventos.

Em geral, a resiliência depende de algumas condições psicológicas internas e externas. No nível interno, são favorecidas as pessoas otimistas, que assumem a responsabilidade pelas próprias escolhas, que prezam a autonomia, que estabelecem vínculos sociais e familiares positivos e que são flexíveis no que diz respeito à mudança de posicionamentos, sentimentos e pensamentos. Ao nível das condições externas estão as relações positivas, àquelas que promovem suporte afetivo/material, acolhimento e cumplicidade.

Um outro aspecto externo fundamental para o desenvolvimento da resiliência é a existência de pessoas que acreditem na nossa capacidade de superação das adversidades e, por isso mesmo, nos incentivem. Da mesma forma, oportunidades para nos envolvermos em atividades significativas – que nos permitam desenvolver a auto-estima e nos sentirmos produtivos e relevantes – contribuem para a resiliência, ou seja, para a superação das adversidades.

Aprender, adaptar-se…isso é ser resiliente. Em última instância, é dispor-se para a mudança.

                          Empatia

É ser um distribuidor espontâneo de sabedoria e da arte de surpreender. O empático é poeta da vida, que pode não escrever poesias, mas vive sua existência como se fosse uma poesia.

Os empáticos são os pais, os amantes, os filhos, os amigos inesquecíveis e insubstituíveis. Eles fazem total diferença no tecido social.

Os empáticos são capazes de reciclar o pessimismo, a sisudez e superam a necessidade neurótica de estar acima dos outros.

São ecologistas do meio ambiente emocional, criam um microclima que impera a serenidade e não as disputas.

Tal como os carismáticos, não perdem a oportunidade de expandir ou realçar as características saudáveis dos seus íntimos, mesmo as que aparecem momentânea e superficialmente.

Os empáticos recolhem as armas do pensamento. São lentos para condenar e rápidos para compreender.

São inteligentes, têm a consciência das várias distorções pelo estado emocional, social e intelectual.

Como propulsores da maturidade, eles sabem que a verdade é um fim inatingível.

Ser empático é saber entender a falha do outro, deixar as amarras da mágoa de lado e compreender que somos imperfeitos.

São tão sábios que mesmo quando o mundo desaba sobre si estão ensinando a arte de pensar.

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