segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Evolução X Revolução

Por indicação de Carolina Braga

" É fato incontestável que influenciamos e somos influenciados. O desejo, no entanto, de mudar o “outro” nos acompanha o tempo todo. Ditaduras foram e são criadas nesta intenção. E, o fracasso desta empreitada permanece e parece que não aprendemos a lição. Basta olharmos a nossas próprias vidas para constatarmos o erro desta atitude. Afinal, ninguém consegue mudar ninguém.

É-nos impossível mudarmos o outro. Só podemos mudar a nós mesmos. Sendo assim, se desejamos transformar o mundo a única contribuição efetiva que podemos fazer neste sentido é mudar a nós mesmos.

Se partirmos da premissa que a consciência evolui, então, antes tudo precisamos aprender a respeitar o nível de evolução de cada um. Este princípio da tolerância é frequentemente violado e insistimos em tentar mudar o “outro” sem sequer fazermos o mesmo conosco.

Mas, seja como for, só poderemos ajudar a transformar o mundo, ou melhor, a sociedade em que vivemos, nos transformando. Será o nosso exemplo que irá contribuir para que o outro reflita e se reflita em certos comportamentos e atitudes.

“O fazer cabeças” já não cabe mais nas idéias daqueles que adquiriram a percepção suficiente para perceberem que todo e qualquer processo de massificação é um atraso inconcebível no processo evolutivo de uma sociedade.

Ninguém pode desejar a liberdade e, no entanto, carregar idéias tão atrasadas. E, mais inconcebível é supor um Estado que coordene, dite e tente controlar as idéias. Afinal, todo processo de questionamento e reflexão seria completamente extirpado, o que implicar(i)á numa estagnação absurda e, portanto, inaceitável.

Enfim, só podemos vislumbrar um caminho para contribuirmos com a nossa evolução social: a nossa própria transformação. E, só há um caminho para tanto: a liberdade individual e, consequentemente, o respeito pelo processo individual de cada um. Assim, vamos aprender a sermos tolerantes e respeitosos com nossos irmãos humanos.

Para tanto, antes de tudo, numa atitude realmente corajosa precisamos olhar para nós mesmos para visualizarmos nossos defeitos e, assim, tentarmos transmutá-los. Ou seja, o caminho para as transformações individuais e, portanto, coletivas são, antes de tudo, espirituais."

Hideraldo Montenegro

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