terça-feira, 6 de junho de 2017

DELENDA, BRAZIL!

A democracia brasileira ficou órfã, em busca de pais adotivos.

O que a rede Globo fez em parceria com os outros servos de interesses escusos e estrangeiros foi tornar o Brasil órfão.

A mídia, a reboque do que determina o mercado (de matriz americana), não teve o mínimo compromisso com as consequências da sua cobertura. A repetição exaustiva sobre os casos de corrupção suplantam qualquer cobertura de fundo construtivo, seja na área cultural, esportiva, social ou o que de bom essas mesmas empresas fazem para o país. Qualquer análise quantitativa e qualitativa sobre este tema concluirá que a mídia não visou apenas o seu compromisso informativo, ela foi muito além. O objetivo destrutivo da imagem das nossas empresas ficou claro.

Na outra ponta os nossos juízes e procuradores que cuidam da "ordem e defesa do capital", os chamados togados anticorrupção, se submetem à doutrinação em solo americano. Nem mesmo percebem que onde fazem seus cursos as empresas pátrias são protegidas pelo sistema, como visto no crash de 2008 e nos vários escândalos de suas empresas no estrangeiro e o envolvimento de bancos americanos em lavagem de dinheiro.
Ver mais em: http://assisprocura.blogspot.com.br/2016/07/escolas-americanas-e-doutrinacao.html?m=0

Alinhe - se a estas duas situações acima, a cultura da "doutrina do mal", de Bush.

Como tempero, o complexo de jeca da nossa elite.

Para apimentar, o total descompromissado dos nossos políticos com a seriedade da coisa pública.

Nessa conjunção de armadilhas, outra situação não poderia ocorrer senão o estrago que está ocorrendo no Brasil.  Isso, exatamente no momento em que o mundo passa por imensa dificuldade econômica. COINCIDÊNCIA?

Dizer que determinada classe é serviçal é redundância quando se observa que até hoje, ricos como somos (entre as dez maiores riquezas do mundo nos últimos 40 anos), continuamos como quintal de abastecimento de alimentos e outros commodities. Por isso, somos completamente dependentes da saúde dos outros para termos a nossa própria sobrevivência.

A nossa caricata meritocracia justifica a manutenção deste estado, que segue colonial, à incapacidade do povo brasileiro de ser um vencedor. Nada mais macunaímico.

Mesmo os cortesãos​ de alcova da nossa nobreza sabem que é prejudicial para a formação de uma democracia - para o real desenvolvimento de um povo digno de ser denominado nação, e para seu crescimento econômico sólido e permanente - a manutenção de uma economia de base primária.

Não foi à toa que em nossa história, quando pretendíamos formar uma democracia, criamos defesas para a construção de uma economia madura para que nela coubessem empresas fortes e referenciais como um dia, orgulhosamente bradamos, "o petróleo é nosso!".

Na concepção de tornar empresas fortes, que garantissem ao Brasil condições de concorrência, interna e externamente, foi que os governos militares injetaram dinheiro e praticaram a chamada reserva de mercado para protegê-las.

Como diz o artigo de Maurício Horta, "Ditadura militar enriqueceu grandes empreiteiras", para uma das revistas da editora Abril:

"Em 1969, o presidente Costa e Silva barrou empresas estrangeiras de participar das obras públicas no País. Com essa reserva de mercado e as obras faraônicas da ditadura – como Transamazônica, Itaipu, Tucuruí, Angra, Ferrovia do Aço e Ponte Rio-Niterói -, as construtoras se tornaram grandes grupos monopolistas ligados intimamente com o Estado e com poucos mecanismos de controle."

Essa é parte da história de nossas empreiteiras que conseguiram obras complexas até nos países desenvolvidos como a Odebrecht, a OAS, Camargo Correia ampliando nossa capacidade empresarial e criando tecnologias e conhecimento.

Se, outrora, era a direita que defendia a nossa economia para que ela se tornasse independente, parece ter bastado que outros grupos políticos entrassem no governo e defendessem a mesma tese para que a história que é contada pelos nossos formadores de opinião, mudasse.

Assim, a matriz informativa foi deslocada para fazer ver que o protecionismo dos governos Lula e Dilma visavam corrupção, e assim apontamos nossas armas para nós mesmos.

Não interessaram as consequências.  Petrobrás é ente para a corrupção, então a vendamos, assim disseram. Empresas fortes participaram da corrupção, então que elas paguem​. Limpemos a Brasil, gritaram a mídia e os procuradores, e assim disparamos contra nossos maiores empregadores e grandes desenvolvedores de tecnologia, geradores de PIB e impostos.  DELENDA, BRAZIL!

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