quarta-feira, 31 de maio de 2017

(uni)verso de (poli)versos existências

A luz do universo guia
A ordem desordenadamente organizada
Em um só fluído?
Em só tempo?
O outrora aflora nas gotículas do orvalho presente
Me sinto um nada
Me sinto um tudo
As aglomerações de pequenos vácuos
Engendra a imensidão
Eu sou a era glacial
A ejeção da massa coronal
Sou o gelo e o fogo
Sou a baba de Shiva, por conseguinte, haxixe
Sou o abêbe de Oxum
Refletindo a careca de Gautama
Eu sou a lama de Nanã
A ira de Iansã
O olho de Hórus
Eu vejo o tudo
O tudo é nada?
Posso escutar o cantarolar de Iara
Sentir o zumbido das fadas
Que rodeiam minha sede auricular
Eu sou aquele que sobe no Yggdrasil
Para saciar a fome
E aquele que visualiza de lá
Aegir e Bragi
Sou o que vejo, portanto,
Sou mar e poesia
Eu sou o panteísmo
Animismo
Politeísmo
Eu sou o sincretismo
Eu sou a criação da mente?
Eu sou o universo
Existo

araípe r.
Araípe Narayan Ribeiro

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