domingo, 28 de agosto de 2016

Suicídio de nossas instituições

Os palhaços tem olhos tristes pois reconhecem que os risos podem ser cruéis, podem não ter consciência, não são sequer para ele, mas sim são daqueles que riem, sorriem ou simplesmente fazem caretas. E estes sorriem porque se identificam com o palhaço, ou sorriem envergonhados por que se reconhecem no palhaço.

Nesta ópera bufa, com um roteiro fétido e putrido, gestado nas profundezas, com todos os requintes dos clássicos das traições, tem o roteiro  daquelas peças que trazem a tona todas as fraquezas humanas e que as transformam na força motor de maior destruição. Estamos vendo a triste figura de seu presidente. Aquele que depois de atacado achincalhado, acusado , pela propria omissão vai ser a figura central desta ópera. Vai ser o homem que vai afiançar, que vai legitimar o ilegitimável.

Poderia ser um roteiro de filme sobre a máfia, com juizes fazendo a figuração num julgamento com jurados comprados, Mas é pior, pois não é um criminoso que está no banco dos réus.

Na verdade a Justiça está no banco dos réus, na verdade  a Polícia está no banco dos réus, na verdade a Política esta no banco dos réus.

Todos sem exceção sabem do que se trata e sabem da farsa que representam. Mas todos se apegam a seus papéis, alguns , já alienados, acreditam na propria ficção. Enquanto isto quem  preside  o "Julgamento" tenta manter o teatro em pé, em vez de guardião da justiça vai se transformando em contraregra desta ópera bufa, numa peça que se chama o SUICIDIO DE NOSSAS INSTITUIÇÕES.

E enquanto o suicído das instituições vai se dando lentamente , Serra e seu grupo vão matando o que há de melhor no país e vendendo os restos, num ataque que se bem sucedido vai  nos transformar num coliseu, onde muitos terão de matar para sobreviver enquanto deliciam os olhares gozosos dos de sempre.

Por Frederico Firmo
No Jornal GGN

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