sexta-feira, 5 de agosto de 2016

"As pessoas na sala de jantar são ocupadas em nascer e morrer"

Faltam políticos.

Faltam também os artistas de alto calibre nos diversos segmentos.
No lugar dos Tropicalistas, Vandré, Chico, aparecem Teló e Calcinha Preta.
No lugar de José Celso Martinez, Cláudio Botelho.
No lugar de Luiz Carlos Maciel, quem?
No mesmo sentido, onde andam as associações como a UNE, os sindicatos, os coletivos?
Matamos todos.
Entramos na pilha do sistema e veborrreicamente repetimos os mantras enganadores do pragmatismo, eficiência, excelência, praticidade, e tantos outros eufemismos.
Nos esquecemos que Linguagem, conceitos e eufemismos são armas importantes usadas pelos senhores do andar "de cima" concebidos por jornalistas e economistas capitalistas para maximizar a riqueza e a eficiência do neoliberalismo. Na medida em que críticos progressistas e de esquerda adotam estes eufemismos e seu quadro de referência, as críticas e alternativas que propõem são limitadas pela retórica do sistema.
Economia, economia, economia, era tudo o que sabíamos.
Enterramos os nossos sonhos nos corredores dos shoppings.
Trocamos, como anteparo das nossas fraquezas, a cultura pelas policias.
Abrimos mão dos debates, para eleger a justiça como solucionadora das divisões.
Criminalizados a política, e aplaudimos Datena.
Debater filosofia passou a ser frescura, o bom mesmo era o MNA.
E que bosta é MBA?
Os utopistas, os pensadores do amanhã, ditos ultrapassados e sonhadores pelos modernistas imediatistas.
Desde 2013 trago ao blog a preocupação e o alerta do que o Brasil estava se tornando, escrevi naquela época;
"Ao sufocar a utopia e enaltecer o pragmatismo, o mundo pós - moderno estabeleceu mecanismos de reprodução sistêmica e tornou - se autômato, colocando em risco a própria democracia. Este pragmatismo cria sociedades marcadamente burocratizadas com instituições políticas rigorosamente fora de controle social o quê, por seu turno, é fonte propositiva de irregularidades, de desvios, de crimes, e da violência."
O artigo completo:
Sobre a permissividade dada à imprensa, comentei que ela se tornaria a detentora exclusiva da verdade e destinos do país, disse:
"Trata-se de uma construção ideológica alcançada por ataques constantes e muitas vezes infundados efetuados contra políticos, governantes, e a atuação do judiciário, com o objetivo de criar uma imagem negativa do agente público, associando-o invariavelmente à corrupção e à ineficiência.
Junto com as matérias depreciativas diárias são encomendadas pesquisas sobre a credibilidade das instituições públicas principalmente quando determinadas notícias ganham musculatura e maior ressonância e o resultado de descrédito já é esperado.
Essa ação diária, realizada de forma coordenada, atende a alguns interesses, entre eles:
1) Legitimar-se como detentora da verdade;
2) Tornar-se agente principal do jogo político;
3) Direcionar as decisões dos governos;
4) Influenciar para o desmonte da máquina pública;
5) Submeter governos, parlamentos e o judiciário. "
Artigo completo em:
O emburrecendo da sociedade foi a maior e melhor ATVs que a ditadura utilizou para fazer vencer os interesses da direita.

"As pessoas na sala de jantar são ocupadas em nascer e morrer"



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