Pacificando-se

O ponto de partida para conquista da harmonia vibratória entre espírito e matéria é a boa vontade, que marca a disposição para encontrar a paz.

Munido da força de vontade essa potente força fundamental, o ser humano terá condições de caminhar de fora para dentro em busca da paz de si mesmo.

Diariamente, com atenção, ele pode realizar o trabalho da "pacificação" do corpo físico, do emocional, do mental, no sentido de se harmonizarem para a paz.

É importante, nesse ponto, que indivíduos e o instrumento básico fundamental, o perdão, o perdão assim mesmo dado com alegria, a fim de que o ressentimento não crie obstáculos à formosa caminhada para a Paz.

Paz no Físico

A pacificação do corpo físico se dá por meio da consciência da respiração e das tensões. Aí o homem pacificará os pulmões, usando sua capacidade máxima possível, ao mesmo tempo em que a ação correta da respiração possibilitará à criatura a consciência do ritmo e da abundância da Vida e o relaxamento das tensões.

Perdoar, nesse ponto, a "sofreguidão", podendo refletir melhor, para lhe servir com inteligência como se situar nas circunstâncias da vida, de forma integrada com a Vida Total.

Paz no Emocional

A pacificação no plano emocional se dá também pelo "encontro" da criatura consigo própria, com seu oceano de emoções e sentimentos.

É preciso que cada um se dê conta de quais são os "ventos" exteriores que se transformam em "tempestades" interiores. O que lhe aciona reações como se fossem "ondas" que se encrespam, causando-lhe desequilíbrios e dificuldades de relacionamento.

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É uma questão, portanto, de despertamento: o acordar do Mestre Interior.

Em primeiro lugar, devemos ter a certeza de Sua Presença, em segundo lugar, do mido de despertá-Lo, para que, com esse núcleo que é  Paz, possamos sintonizar com a Paz do Núcleo de cada criatura, ao invés de sintonizar com elementos causadores das circunstâncias dos desequilíbrios emocionais. Isso é possível, quando cada um de nós dá o ensejo para que as emoções se transformem em sentimentos.

O perdão nesse nível vel se dá de duas formas:

1 - pelo desapego às situações geradoras dos desequilíbrios - uma vez que elas se constituem em oportunidades radiosas de conscientização de si mesmo, no sentido do aprendizado da sintonia com o Mestre Interno;

2 - para isso, é importante que o norte da "bússola" seja usado na memória do aprendizado positivo, com a compreensão dos mecanismos, através dos quais se darão o movimento de transformação da emoção e sentimento.

A expressão do Perdão abri o espaço para expressar a energia do Amor no padrão de sentimentos superiores experienciados.

Paz no Mental

A pacificação no plano mental se processa inicialmente do mesmo modo, através da conscientização do fluxo das ideias, geradas por pensamentos que se completam num ciclo que se centraliza num ponto inicial, que tem o seu desenvolvimento e a sua conclusão.

É trabalho do Espírito pensar, criar, gerar situações, condições, através da mente que fui por meio dos pensamentos.

Os pensamentos, por sua vez, são as ações interiores; e as ações exteriores são os pensamentos concretizados nos padrões do mundo físico.

O espírito pensa para que a matéria aja. É preciso que cada um pacifique os seus pensamentos, tendo consciência dos mesmos, através do acompanhamento, identificando, desde o início, como foram gerados, de onde surgiram, com que coisas foram alimentados, para que possam ser modificados do princípio até o fim. Desse modo, poderá escolher seus "temas" e a forma de pensar, discernindo se são pensamentos gerados pelo Espírito que utiliza a sua mente ou se a sua mente está sendo utilizada por pensamento de terceiros.

Aí ,então , o homem, sendo dono de si mesmo, utilizará, como espírito, o comando da sua mente para pensar e encontrar soluções para os problemas, a fim de criar condições de beleza, de harmonia, e de Paz, ou seja, pacificando-se mentalmente.

O perdão, nesse nível, dar-se-a pela capacidade que o homem tem de desfazer ou desintegrar as formas-pensamento desnecessárias à sua economia vital. Ele poderá fazer isso visualizando a sua criação mental, aquilo que já foi criado por ele próprio, imaginando um raio de luz que, partindo de dentro de si, de seu sol interior, é capaz de desintegrar a matéria mental e devolvê-la à Mente Cósmica Universal, a fim de que seja utilizada de forma positiva por si e pelos outros.

Do livro "Reflexões sobre a Paz", de Ruth Brasil Mesquita, psicografando Roberto Assagioli, págs. 40 à 46.