domingo, 8 de maio de 2016

Engessamento do pensamento. Fonte primária de crises

A enorme e profunda crise não se restringe à Dilma e ao seu governo.

Numa sociedade líquida, imediatista e sem forma (Bauman),  pessoas e instituições desmoronam. A insatisfação surge tomando o lugar da esperança.

Neste sentido melhor substituir o "fim da história", pelo fim dos sonhos.

Os rumos da economia não trazem esperança e na política derrubam-se  governos na incapacidade de se elaborar um discurso, menos ainda uma proposta.

A racionalidade se perdeu, ficou cansada, pensar não é permitido, como nos alertava Orwell. Alternativas não são possíveis neste mundo dicotômico, maniqueísta, e engessado.

Não há mais líderes. Os pensadores que não repetem os dogmas são criticados,  ridicularizados,  e afastados dos debates.

Os partidos perdem a credibillidade, políticos desaparecem,  lideres e filósofos não são encontrados para nos resgatar a esperança e nossos sonhos.

Como em qualquer crise, o "sistema" preventivamente se esmera em elaborar leis draconianas para se acautelar contra a esperada insurgência da população. As forças de repressão ser armam. Os instrumentos de comunicação atuam jogando uns contra outros, demonizando os insatisfeitos, os que querem mudanças.

Governos da América Latina (eterno laboratório) sendo derrubados (como aviso ao mundo) em cascata, não lembra certa passagem da história?

Há uma exaustão do modelo.

Isso é perceptível para todos, mas escondido pela mídia que se especializou em filtrar os acontecimentos para sorrateiramente colocar a responsabilidade no colo dos seus adversários.

Crise com escassez de líderes favorece a derubada de governos e o surgimento de um rosto salvador da pátria, e não há limites para essa gente, nos diz a história.

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