Eu o julgava, temia e invejava, nessa ordem. Também o amava, mais minha inveja era maior que o meu amor. Invejava sua facilidade, sua misteriosa capacidade de ser jovem ou velho à vontade; invejava seu talento e, acima de tudo, sua influência sobre quem quer que estivesse por perto. Eu subia pelas paredes ao ouvi-lo entreter as pessoas com as conversas mais interessantes. Sempre tinha algo a dizer; eu nunca tinha, sempre me sentia incompetente, excluído.
É o ponto de aglutinação que dita como nos comportamos e como nos sentimos. Eu não podia compreender esse princípio.
Minha vaidade resistia porque era ali que meu ponto de aglutinação estava alojado.
Eu ainda não tinha aprendido que a maneira de deslocar aquele ponto é estabelecer novos hábitos. Fazê-lo deslocar pela vontade.
A única maneira de lidar com nossos semelhantes é não ter vaidade.
Essa mudança de posição não está ligada a uma explosão emocional, mas à ação.
A compreensão emocional chega com a ação firme e continuada.
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