Por Frederico Mattos - Psicólogo
O mundo moderno e o cinema americano vem divulgando e reafirmando uma
mensagem enganosa sobre os relacionamentos: de que o amor pode tudo.
Isso tem implicações bem nocivas para a vida cotidiana, ficamos dependentes da ideia de que basta o amor e tudo será consertado.
Já disse muitas vezes que problemas de caráter e limitações de
personalidade não são apagadas por causa do amor, pelo contrário. Quando
uma pessoa problemática acha que ama alguém o tipo de amor é
completamente contaminado de seus traços doentios e então surge ciúme,
possessividade, agressividade, controle excessivo, egoísmo e
revanchismo. Tudo o que põe a perder o amor.
Outras pessoas se sentem muito mal porque não estão apaixonadas ou
tiveram uma fase baixa emocional no relacionamento e acham que já devem
se separar. Elas esquecem que as emoções humanas são variáveis e são
passíveis de desassossegos constantes, o amor também vai sofrer abalos,
mas não por conta daquela pessoa específica, mas por conta de tudo de
modo geral.
Essa escravidão de achar que um relacionamento precisa de muito amor
para seguir é um pouco enganosa, pois existem pessoas que estão num
relacionamento cheio de “amor”, mas se torturam a troco de
exclusividade, bate-bocas sem fim e cobranças sem sentido. Antes não se
amassem.
O que um casal deveria avaliar na hora de pensar na durabilidade de
um relacionamento é na qualidade dessa relação como generosidade,
participação mútua, prestatividade, capacidade de se comprometer e
realizar o que falar, entusiasmo, presença, otimismo, proatividade,
apoio e empenho em fazer o outro crescer.
http://www.sobreavida.com.br/2012/08/29/amor-so-nao-basta/
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