sábado, 24 de maio de 2014

Terceira via é periférico, PSDB tornou-se periférico.



Terceira via é periférico, PSDB tornou-se periférico.

Hoje, no Fora de Pauta, indiquei um artigo de 2010,  com a instigante tese de Marcos Nobre sobre o peemedebismo.

No artigo Marcos Nobre estabele que a atual, desde Lula, polarização é entre o PMDB e oPT.

Algo proximo ao PT estar puxando a corda para a esquerda e o PMDB representanto como um grande leviatã a única possibilidade de oposição ao próprio governo do qual faz parte. É o PMDB que puxa a corda para a direita para manter o goveno ao centro.

Sobre a chapa Marina/Campos e a "terceira via" nada mais claro e objetivo, tal como cópia exata da outrora terceira via inglesa, e sobre isso digo que  não passa de um discurso maquiavélico tal como foi lá na ilha britânica.

Campos ganha com a entrada de Marina na sua chapa presidencial um discurso mais palatável à classe média. Se antes o seu discurso neoliberal de gestão e enxugamento da máquina pública agregava alguns setores mais à direita, estes são ampliados com o discurso “ecoliberal”, de “desenvolvimento sustentável”, de Marina tão agradável aos ouvidos nos jovens da classe média.







Em um mundo onde faltam ideologias claras este discurso da chapa Campos/Marina tem a possibilidade de agregar amplos espectros da política, tanto à esquerda, quanto à direita, passando pelo centro. Essa falta de clareza é o que possibilita o surgimento da chamada “terceira via”, estranha figura concebida pelo “mainstream” para capturar de volta o Estado quando este se encontra governado por forças que inserem parte da população esquecida nos ditames democráticos e amplo apoio da população.

É esse maquiavélico discurso da “terceira via” que possibilita a união de esquerda e direita para tentar ganhar eleições frente à governos de amplo apoio popular de  implantações de mais direitos e amparos sociais.

Portanto, a união de Campos/Marina forma uma forte chapa para 2014, tanto do ponto de vista do marketing, quanto por procurar representar a juventude num quadro de esgotamento da polarização PT/PSDB.

Mesmo com todas essas possibilidades a candidatura Dilma tem reais chances de vitória no primeiro turno. Já era assim, conforme pesquisas recentes, quando Marina ainda aparecia como possível candidata. O que ainda falta para consolidar definitivamente esta tendência de vitória esmagadora é um programa mais ousado, que enfatize mais a mudança que a continuidade.

O artigo de Militão (PSB) já demonstra a influencia do "sonhático" de Marina.

Com o peemdebismo que prioriza as eleições locais e o afastamento do PSB do governo, levará a um fortalecimento ainda maior do PMDB e enfraquecimento do PSB nas cidades e estados.

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