Comentário no blog de Luís Nassif, no link "2014, um ano de crise, ou seja, de riscos e oportunidades."
Sérgio falou; “Os “protestos de junho” atravessaram todo o espectro ideológico nacional, foram da extrema esquerda a extrema direita em 15 dias”. E disse ainda; "ainda não surgiu um cientista político para explicá-las."
Digo que o mundo atravessa, mais uma vez, uma crise de valores, está
reivindicando melhorias, cada sociedade com suas bandeiras que são
diversas, difusas.
O fato é que o mundo está mais inseguro e insatisfeito. As violências
física, social e psicológica surgem em todos os países, vimos aumentar
a xenofobia, intolerância, atentados (inclusive praticado por
estudantes e fora de grupos extremistas) e por aí vai. Países que
emergiram e que ainda não oferecem um serviço mínimo de transporte,
educação e saúde. As doenças sociais e as fobias estão atingindo cada
vez mais os jovens.
O fato é que as manifestações estão ocorrendo em todo o mundo. Agora
em dezembro, na Alemanha houve uma violenta batalha campal em Hamburgo,
durante uma manifestação de protesto contra o encerramento do centro
cultural Rote Flora, que abriga um dos principais núcleos de defesa dos
direitos humanos da cidade. Os números são impressionantes; 500
manifestantes feridos, 120 detidos, 16 presos, mais de 7.000
manifestantes, 82 policiais feridos e 16 hospitalizados sendo um
inconsciente, participaram das operações cerca de 2000 a 3000 policiais.
Dados colhidos no link: As manifestações em Hamburgo, na Alemanha
A sensação de não pertencimento é clara neste mundo que
magistralmente Bauman definiu de "liquido", a sensação de vazio pode ser
observada sobretudo nos jovens, e talvez seja o efeito colateral do
individualismo defendido pelo modelo que escolhemos e que parece que
está levando os jovens à solidão, ao não pertencimento, ao vazio,
situações que favorecem ao chamamento para atos contrários ao Status quo mesmo alguns dos jovens fazendo parte dele.
É isso aí, Assis. Bom 2014, com pertencimento e substância atrás da luz do sol. Abraços a toda família.
ResponderExcluirOrlando Fogaça Filho