(1) Tudo o que existe, existe
devido a causas naturais.
(2) A virtude produz sua própria recompensa, e o vício e o pecado produzem sua própria punição.
(3) A situação do ser humano neste mundo é probatória.
(2) A virtude produz sua própria recompensa, e o vício e o pecado produzem sua própria punição.
(3) A situação do ser humano neste mundo é probatória.
Qualquer um que tenha o desejo de
viver a vida da Alma encontrará nestas três proposições tudo o que é
necessário. Sem dúvida, ele necessitará de mais conhecimento para compreender
as suas implicações, mas, como um ponto de partida, e como um alicerce saudável
para a vida diária, qualquer pessoa descobrirá que estas três proposições têm
grande valor prático. Como escreveu a própria sra. Blavatsky:
“Nós poderíamos acrescentar que
estes três princípios dão a base universal de todas as crenças religiosas:
Deus, e a imortalidade individual de cada homem ― se ele puder alcançá-la. Por
mais complexas que sejam as questões teológicas que se seguem; por mais
que sejam aparentemente incompreensíveis as abstrações metafisicas que têm
convulsionado a teologia de cada uma das grandes religiões da humanidade, tão
logo ela foi posta em uma situação estável, o que foi dito acima é considerado
a essência de todas as filosofias religiosas, com a exceção do cristianismo
mais recente. É assim em relação a Zoroastro, Pitágoras, Platão, Jesus, e
mesmo em relação a Moisés, embora os ensinamentos do legislador judaico tenham
sido tão piedosamente falsificados.”
Estas três proposições podem ser
examinadas brevemente:
(1) Tudo o que existe, existe
devido a causas naturais.
Essa afirmativa pode ser aceita
com facilidade por todos, nesta era em que a ciência moderna é tão amplamente
adorada, porque ela apenas amplia o axioma científico de que a lei governa todo
o universo. A ciência moderna afirma que a lei e a ordem dominam por toda parte
na natureza fisica ― no pó sob os nossos pés e nas estrelas sobre as nossas
cabeças. A teosofia ou ciência antiga aceita este ensinamento, mas o amplia
para o universo invisível. As condições morais e mentais também são
governadas pela Lei, e há um ritmo, uma harmonia e uma ordem de Justiça no
reino do pensamento, da vontade e do sentimento humanos. Em outras palavras,
não há milagre e tudo que ocorre é resultado da Lei ― eterna, imutável,
sempre ativa. Os chamados milagres são apenas resultados da operação de
leis naturais que ainda não são conhecidas no mundo da percepção convencional;
mas tais leis eram e são conhecidas, e o seu funcionamento pode ser
teoricamente compreendido e praticamente usado, assim como o cientista moderno
usa a lei da gravidade, etc.
A partir desse reconhecimento de
todo o universo como algo que se manifesta e existe de acordo com a Lei, os
homens e as mulheres têm que admitir que o seu próprio amor e trabalho, seus
próprios sentimentos e pensamentos, seus próprios relacionamentos com os
outros, são também governados pela Lei. E isso nos leva à segunda proposição:
(2) A virtude produz sua própria recompensa, e o vício e o pecado produzem sua própria punição.
(2) A virtude produz sua própria recompensa, e o vício e o pecado produzem sua própria punição.
Nossa maior dificuldade,
quando passamos por sofrimento nós mesmos, ou quando vemos os sofrimentos de
outros, é explicar as razões. A explicação religiosa de que os vícios, as
fraquezas, as doenças e os males de todos tipos são criados por Deus é uma
doutrina extremamente destituída de sentido, deprimente, e desrespeitosa
em relação ao que é sagrado. Como é absurda a idéia de um Deus todo-poderoso criando
fraquezas, um Deus totalmente sábio criando ignorância, um Deus que a
tudo ama criando ódio, um Deus que sempre vive e é imortal criando doença e
morte! Nem mesmo a justiça dos homens condena uma pessoa sem
julgamento pelos crimes que cometeu, mas um Deus de justiça infinita coloca
agonia nos corpos de crianças que não tiveram sequer uma oportunidade de
cometer algum erro! (...)
Existe uma só explicação possível, e ela é encontrada na Lei do Carma e da Causação Ética, que está expressa pela nossa segunda proposição ― “A virtude produz sua própria recompensa, e o vício e o pecado produzem sua própria punição”. Esta lei ensina que cada um de nós deve pagar suas próprias dívidas; que as mãos que batem em nós são nossas próprias mãos; e que nós colhemos tudo o que nós plantamos.
Existe uma só explicação possível, e ela é encontrada na Lei do Carma e da Causação Ética, que está expressa pela nossa segunda proposição ― “A virtude produz sua própria recompensa, e o vício e o pecado produzem sua própria punição”. Esta lei ensina que cada um de nós deve pagar suas próprias dívidas; que as mãos que batem em nós são nossas próprias mãos; e que nós colhemos tudo o que nós plantamos.
Mas ainda assim, em última
análise, ainda não fica claro por que estamos aqui e qual é o propósito da
vida. O enigma e o quebra-cabeças da vida são resolvidos quando acrescentamos à
Lei do Carma ou da Justiça a nossa terceira proposição:
(3) A
situação do ser humano neste mundo é probatória.
Todos repetem que este
mundo é uma escola e que cada um de nós está aqui para aprender as lições da
vida, para conhecer a si mesmo como realmente é, unido a este universo em que o
bem e o mal, a luz e a escuridão, continuamente se alternam. Será isso
sempre assim no futuro? Iremos acordar apenas para ir dormir e para acordar
outra vez , sempre e indefinidamente? A resposta da teosofia é simples,
auto-evidente, e verdadeira:
“Quando a lição é
aprendida, a necessidade cessa”.
Quando percebemos e compreendemos
o objetivo da vida, quando todas as lições da vida são aprendidas, a Liberdade
e a Iluminação da Alma são alcançadas. A vida neste mundo é probatória ―
nós estamos em teste; os prazeres nos tentam e as dores nos testam; quando as
tentações são resistidas e vencidas, e os testes são enfrentados e vencidos, a
Alma experimenta a bem-aventurança, Ananda, da sua própria divindade e sua
própria imortalidade.
A Liberdade da Alma surge da
Iluminação da Alma; portanto, nós necessitamos saber como libertar-nos de
todo tipo de escravidão, limitação e fraqueza. A teosofia é a ciência
que nos capacita para alcançar essa iluminação e para compreender esta
liberdade ― fazendo-nos ficar firmes sobre nossos próprios pés, respirar o ar
da liberdade e aceitar a responsabilidade por nossos próprios atos.
Resumo de “Três Princípios Fundamentais
da Ética”: http://www.filosofiaesoterica. com/ler.php?id=418#. UM2LS3f774w
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