sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

As crises econômicas

Tudo isso é fruto do liberalismo(século XIII), com influência na economia. O mundo seguiu cada corrente até que grandes turbulências fizeram alguns “ajustamentos”. O Brasil nessas correntes até o final do primeiro governo Lula, e a partir deste o Brasil passa a não mais seguir  caninamente o determinado pelo “mainstream”.

A primeira crise
 
ocorreu no chamado Crash de 1929 a partir da queda da Bolsa de Valores de Nova York, quando milhares de trabalhadores perderam os seus empregos em todo o mundo, produtos se amontoaram por não ter a quem ser vendidos e o capital virou fumaça.

Com esta crise o Estado deixa de ser "vigia da economia" e passa a ser o instrumento de salvação do sistema, com políticas desenvolvimentistas e  sociais visando trazer de volta para o sistema os excluídos do mercado.

Inicia-se a fase do Capitalismo regulado pelo Estado. Surge o modelo  social-democrático de produção, que terá os seus anos gloriosos desde a Segunda Guerra Mundial até meados da década de setenta. Este modelo fará surgir o chamado Estado do Bem-estar social ("Welfare State").  Neste período de governos social-democratas havia a distribuição de riqueza entre trabalhadores e capitalistas mediante acordos: os trabalhadores e empresários concordaram em elevar ao máximo a produtividade e a intensidade do trabalho em troca de salários e lucros maiores.

Na América Latina cria-se uma variante desse sistema, com a doutrina desenvolvimentista em que o Estado exerce as funções de produção e planejamento.

A partir de 1930, o governo brasileiro investiu pesadamente em infra-estrutura, como hidrelétrica, siderurgia, mineração, ferrovia, petróleo, telecomunicações, e deu um grande impulso ao capital privado, O Brasil começa a fabricar aqui o que antes era comprado no exterior.

A segunda crise

começa nos países desenvolvidos nos anos 70 e tem os seus reflexos na América Latina e no Brasil a partir da década de 80.

Como resposta a esta crise, foi surgindo uma tendência "neoliberal" nos Estados Unidos, que passaram a preconizar  que a crise era da intervenção governamental excessiva e que para se sair da crise se deveria valorizar mais o mercado.

Desta forma surge o neoliberalismo que propôs uma tendência de renascimento e desenvolvimento das ideias liberais clássicas, tais como a importância do indivíduo, o papel limitado do Estado e o valor do mercado livre.

O neoliberalismo ganha musculatura na Europa e América do Norte após o “teste” bem sucedido no Chile.

Em 1979 Margareth Thatcher ganha as eleições na Inglaterra, em 1980 foi a vez de Reagan, na Alemanha, em 1982, Khol derrota o social-democrata  Helmut Schimidt .

Estava formado o triunvirato que possibilitou o triunfo definitivo do neoliberalismo no mundo.

"Aclamado de forma dominante nas academias e demais centros de produção de conhecimento, foi vulgarizado para o grande público, com apoio e influência decisivos da mídia. Os seus princípios passaram a ser aceitos, consciente ou inconscientemente, pela maior parte da população, evidenciando-se, assim, a constituição de uma hegemonia na forma de se pensar a vida em sociedade, com influência crucial nas ações cotidianas dos indivíduos. Em suma, o neoliberalismo assumiu a condição de hegemonia cultural, no sentido mais abrangente que este conceito possa ter." (Luiz A . M. Filgueiras - Cadernos do CEAS, nº 171, Salvador/Bahia, set/out 97, pág.10-15; 21-23)

Por isso ainda hoje esta ideologia continua forte apesar dos seus fracassos. A crise continua ao lado de uma taxa de desemprego crescente.

A terceira crise

começa a ser sentida ao se constatar que as promessas de paz e de prosperidade não se efetivaram e que  em seu lugar surgiu uma ordem econômica que exacerba os interesses particulares. Surge profundas desigualdades. O mundo se divide em duas sociedades: uma marcada pela opulência, outra pela pobreza. Ao laços sociais se dissolvem, a criminalidade aumenta, surge novamente com toda a força o racismo e a xenofobia.

Há um esvaziamento da política. Partidos e sindicatos entram em crise. Mas do que nunca o individualismo exacerbado se alastra. O lema é "salve-se quem puder". Nega-se qualquer esforço coletivo de organização e representação.

É o próprio liberalismo que agoniza.

A democracia se vê também ameaçada com a desintegração social. O Estado enfraquecido parece não ter condições de atenuar a crise atual.

Surgem os BRICS mostrando a sua força econômica com a atuação dos Estados ingerindo na economia.

No Brasil, a partir do segundo governo de Lula com a ingerência do Estado começa a diminuir o grande poder que o setor financeiro tem com a globalização e a sua característica especulativa.

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