segunda-feira, 14 de maio de 2012

Rio + 20

Para iniciar, lembremos Goethe, Toda teoria é cinzenta” e Hegel, Teoria é cinza sobre cinza”.

Como escreveu Max Weber, em algum lugar, "faço ciência para saber quanto de realidade consigo suportar". Certamente esse é um debate extremamente acalorado, são as relações entre Ciência, Poder e Ideologia. Quando os “paradigmas” se tornam “paradogmas”. “Às vezes conhecimento científico dá lugar a novas mitologias. A ciência nasce da ideologia. A ciência transforma a ideologia. A referência da ciência é a realidade objetiva” (Pablo Lorenzano).

Como bem disse o Professor Ignacy Sachs, “Tudo indica que antes do Rio+20, programado para meados de 2012, a Comissão Estratigráfica Internacional vai oficialmente proclamar que, desde o início da Revolução Industrial, no século XVII, entramos numa nova era geológica, o antropoceno, caracterizado por um forte impacto das atividades humanas sobre o porvir da Nave Espacial Terra” (CartaCapital, CartaVerde, p. 48, 28 de setembro de 2011).

Continuando nossa reflexão sobre a Teoria do Aquecimento Global, mas para que tenhamos um equilíbrio entre os extremos, é bom lembrar o Professor A. C. Diegues e os fundamentos da nossa civilização urbano-industrial dos últimos séculos, “o mundo moderno está fundamentado em recursos minerais advindos de todas as partes da terra”, ou seja, estamos ‘saqueando’ os recursos do planeta Terra devido ao modo de produção, faz um bom tempo.

O debate entre posições extrema, “é uma controvérsia estéril” (is a sterile controversy), essa é a posição do Professor Ildo Sauer e equipe (Precautionary principle, economic and energy systems and social equity: J. F. de Carvalho et al./Energy Policy 38(2010)5399–5402, p. 5401), na qual concordo inteiramente, mas discordo da posição na qual afirma que “é pouco provável que a variação do sol é um fator majoritário no aquecimento global” (Therefore, it is unlikely that solar variability is a major factor in global warming), pois como veremos, esta provado desde 2006, por testes de laboratório, e em agosto de 2011, os primeiros resultados dos estudos de laboratório da CERN confirmam resultados publicados em 2006.

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