terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

"capitalismo comunista"

Por Náufrago da Web, no blog de Nassif.

Enquanto isso, países como Canadá, Dinamarca, Noruega, Finlândia, Suécia e Austrália vivem num sistema que eu costumo denominar como "capitalismo comunista", ou seja, países que não são riquíssimos, tampouco socialistas, mas que possuem populações com a distribuição de renda mais justa.

Não é de minha informação que eles tenham governos de esquerda, e muito menos que existam pessoas de lá viajando pra Cuba ou andando com camisetas do Che Guevara mas, olhem só!, a grande maioria da população vive com um rendimento muito parecido, seja médico, advogado, "peão de fábrica" ou operador de lava rápido. Tenho alguns amigos que fizeram intercâmbio na Austrália, e sentem saudades do salário de lavador de pratos...

E mais curioso ainda. É muito difícil de ouvirmos falar, pra não dizer que não ouvimos nunca, sobre a quantas anda o mercado e a dívida externa desses países. Muito pelo contrário. A nossa "velha mídia" e a "velha mídia" de outros "grandes mercados" raramente mencionam a altíssima taxa de juros e sua considerável parcela no PIB da Suécia. A consciência de tais números fariam o atual questionamento popular ao neoliberalismo ser iniciado há muito mais tempo, principalmente se souberem como funciona o exemplar "aparelhamento" do Estado por lá...

Esse meu papo pode não ter muito o que ver com discussões econômicas e classificação de taxas de risco. Porém, ao meu ver, tem mais utilidade. Enquanto cabeças de bancos e organizações financeiras discutem como socializar as dívidas e retomar a concentração do capital, causando mais pobreza a cada vez mais cidadãos do mundo, alguns países preferiram, em sua evolução, priorizar seu povo e sua qualidade de vida, e não precisaram institucionalizar Karl Marx como patrono. O foco de todos os líderes mundiais deveria ser esse, e é esse o perfil que espero da presidenta Dilma e de nossos futuros governantes. Mas para isso é necessário que o Brasil ande pelo único caminho possível para se chegar a essa realidade, caminho que já está sendo seguido pela Coréia do Sul: a educação em excelência para todo e qualquer cidadão. É por aí que começaremos a eliminar alguns problemas históricos, como a corrupção endêmica, por exemplo, e poderemos, um dia, quem sabe, sonhando muito, tirar o título da Dinamarca como a melhor democracia do mundo...

Um comentário:

  1. O problema está realmente na educação....a educação para o Brasil é um antibiótico fortíssimo, desde a descoberta da penisilina nada assusta mais as "bactérias" da política do que a educação. Lembro de uma matéria da Veja, que criticava a inclusão de disciplinas como sociologia e filosofia como obrigatória, defendendo que deveria enfatizar matérias como a matemática........

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